China diz que mortes e hospitalizações por covid-19 mantêm “tendência descendente”

O Centro de Controlo de Doenças da China (CDC) disse que o número de mortes e hospitalizações devido à covid-19 mantém uma “tendência descendente”, depois de um pico no país, nas últimas semanas

China diz que mortes e hospitalizações por covid-19 mantêm

O número de mortes diárias nos hospitais  por covid-19 baixou desde o pico, de 4.273, em 04 de janeiro, para 434, em 30 de janeiro, um número que representa uma diminuição de 89,9%, referiu o CDC. O número de internamentos hospitalares devido à doença atingiu o pico de 1,6 milhão em 05 de janeiro, quando começou a cair, até chegar aos 144 mil, registados em 30 de janeiro, uma queda de 91,1%, acrescentou. O número de pessoas hospitalizadas com sintomas graves atingiu o pico de 128 mil, também em 05 de janeiro, tendo depois caído para 14 mil, no final do mês passado. O CDC assegurou ainda que “não foram detetadas novas variantes do vírus”.

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Especialistas chineses e internacionais alertaram que as férias do Ano Novo Lunar, este ano entre 21 e 27 de janeiro, podiam causar uma nova onda de infeções e pressão hospitalar nas zonas rurais, com recursos de saúde escassos, devido ao elevado número de deslocamentos. A empresa britânica de análise de dados na área da saúde Airfinity previu que o país podia registar cerca de 36 mil mortes por dia, durante aquela semana de férias. O CDC registou 6.364 mortes causadas pela covid-19 em hospitais, entre 20 e 26 de janeiro.

Especialistas chineses e internacionais alertaram que as férias do Ano Novo Lunar, este ano entre 21 e 27 de janeiro, podiam causar uma nova onda de infeções e pressão hospitalar

Face ao crescente descontentamento popular e queda dos dados económicos, as autoridades chinesas optaram por um desmantelamento acelerado da estratégia ‘zero covid’, que vigorou no país ao longo de quase três anos, com medidas que incluíam o bloqueio de cidades inteiras, durante semanas ou meses, e a realização constante de testes em massa. A súbita retirada das restrições, no início de dezembro passado, sem estratégias de mitigação ou aviso prévio, resultou numa vaga de infeções. De acordo com estimativas de diferentes governos locais, até 90% da população terá sido infetada, em algumas províncias, em pouco mais de um mês.

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