Rui Pedro, uma das sete crianças que está na lista de desaparecidos da PJ, desapareceu há 20 anos, em Lousada. Este domingo, terão passado exatamente duas décadas desde que a criança, na altura com 11 anos, nunca mais foi vista. O único condenado do caso, Afonso Dias, continua a reclamar inocência.

A 4 de março de 1998, Rui tinha 11 anos, «1,50 metros de altura, cabelo e olhos castanhos e pesava 45 quilos», descrevia-se nos apelos para que quem tivesse informações sobre o desaparecimento pudesse alertar as autoridades.

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Afonso Dias, único suspeito do caso, camionista e amigo da criança e alegadamente a última pessoa a contactar com o rapaz, foi condenado pela Relação do Porto, em 2013, pelo crime de rapto com pena de três anos de prisão efetiva, que já cumpriu.

A sentença foi decidida a 04 de março de 2013, exatamente 15 anos após o desaparecimento de Rui Pedro. Os juízes desembargadores deram como provado que Afonso Dias tinha levado a Rui Pedro.

Em primeira instância, Afonso Dias foi absolvido. A família de Rui Pedro recorreu e conseguiu a condenação do camionista

A condenação de Afonso Dias surgiu após, em primeira instância, Afonso Dias ter sido absolvido por falta de provas. A família de Rui Pedro  recorrer para a Relação e, desta vez, a sentença ditou a prisão do camionista.

Dias cumpriu pena de prisão efetiva em Guimarães. Esteve preso de 18 de março de 2015 a 29 de março de 2017. «Não foi uma condenação justa. O que Afonso Dias referiu sempre corresponde à verdade. Ele não tem nada que ver com o desaparecimento do Rui Pedro», reiterou sempre o advogado Paulo Gomes.

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Já depois de ter deixado a prisão, Afonso Dias manteve a sua palavra de que é inocente. Diz que continua a não saber  o que aconteceu a 4 de março de 1998, o dia em que Rui Pedro foi visto pela última vez.

Para os pais de Rui Pedro, o mais importante continua a ser «onde está Rui Pedro». «Só depois estavam estavam interessados na condenação do autor» do desaparecimento, de acordo com palavras do advogado Ricardo Sá Fernandes, representante dos pais da criança.

Portugal arrumou o assunto, mas corre um recurso no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem

Ainda corre um recurso no Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, de que continua a aguarda-se um veredito, embora para os tribunais portugueses o caso esteja encerrado.

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