Quase 6.000 bombeiros combatem as chamas em todo o país
Quase 6.000 homens estavam ao início da manhã no terreno a combater as chamas em todo o país, apoiados por cerca de 1.800 veículos
Quase 6.000 homens estavam ao início da manhã no terreno a combater as chamas em todo o país, apoiados por cerca de 1.800 veículos, após um fim-de-semana com seis mortos, casas ardidas e famílias realojadas.
Segundo os dados disponíveis pelas 07:30 na página da Autoridade Nacional da Proteção Civil (ANPC), são 22 os incêndios mais importantes e o que mais meios mobiliza, com 659 bombeiros, é o que lavra desde o início da manhã de domingo na freguesia de Lousã e Vilarinho, na Lousã (Coimbra).
Este incêndio tem duas frentes, os homens no terreno estão apoiados por 192 veículos e o fogo obrigou a ativar os planos distrital de emergência de Coimbra e municipal da Lousã.
O incêndio começou ao início da tarde de domingo em Pataias e Martingança, em Alcobaça (Leiria) e alastrou a outros municípios, obrigando, por exemplo, a encerrar hoje escolas em Vieira de Leiria, no concelho de Marinha Grande.
Este fogo, que ao início da manhã de hoje estava a ser combatido por 350 bombeiros, apoiados por 104 veículos, obrigou a ativar o Plano Distrital de Emergência de Leiria e o Plano Municipal de Emergência de Alcobaça.
Também a preocupar os bombeiros são os incêndios do Sabugueiro, em Seia (Guarda), que lavra em quatro frentes e mobiliza 299 operacionais e 91 veículos, e o fogo que deflagrou no início da manhã de domingo em Macieira de Cambra, Vale de Cambra (Aveiro), que está a ser combatido por 295 bombeiros, apoiados por 94 veículos.
Também no domingo, a meio do dia, deflagrou o incêndio que lavra em duas frentes na freguesia de Ermida e Figueiredo, na Sertã (Castelo Branco) e está a ser combatido por 227 homens, apoiados por 73 veículos.
Com mais de uma centena de bombeiros no terreno cada, lavram ainda os incêndios de Sandomil, no concelho de Seia (Guarda), que tem quatro frentes ativas e obrigou ao corte da Estrada nacional 17, e o que começou na localidade de Merufe, Monção (Viana do Castelo), que tem duas frentes ativas e obrigou ao corte da Estrada Municipal entre Longos Vales para Merufe.
Também mobilizavam ao início da manhã mais de uma centena de bombeiros cada os fogos de Arganil (Coimbra), que obrigou a ativar o Plano Distrital de Emergência de Coimbra, o de São Mamede, na Batalha (Leiria), que deflagrou no domingo à noite, e o de Campia, em Vouzela (Viseu), ativo em três frentes.
Nas ocorrências importantes e com mais de uma centena de bombeiros no terreno estão os incêndio de Quiaios, na Figueira da Foz (Viseu), que levou as autoridades a ativerem tanto o Plano Distrital de Emergência de Coimbra como o Plano Municipal de Emergência De Mira, e o de Oiã, Oliveira do Bairro (Aveiro), com duas frentes ativas e que obrigou a ativar o Plano Distrital de Emergência de Aveiro.
O dia de domingo foi considerado pelas autoridades o pior em termos de incêndios, tendo deflagrado mais de 500 fogos em território nacional, que provocaram a morte a seis pessoas e feriram outras 25, seis das quais com gravidade.
Destes, quatro estão relacionados com um acidente na autoestrada 25 (A25), quando as pessoas tentavam fugir às chamas.
Várias habitações arderam, diversas localidades foram evacuadas e há estradas que se mantêm cortadas ao trânsito.
O primeiro-ministro anunciou hoje que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios.
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