Humanidade pode não estar preparada para a nova variante da covid-19
Cientistas temem o que poderá acontecer no próximo inverno com a nova variante da covid-19 que dará origem a um aumento de casos.
O alerta chega através de cientistas que acreditam que uma nova possível variante da covid-19 poderá ser um “problema sério” para o qual a humanidade não está preparado. Numa altura em que as vacinas e variantes mais leves levaram à diminuição de mortes e de número de hospitalizações – algo que leva os países a reduzir ou acabar com as restrições que controlam a doença – os investigadores temem aquilo que as novas variantes podem provocar. Algo que, defendem, será muito mais perigoso do que o que tem acontecido com a variante Ómicron e a subvariante BA.5. “O vírus descobriu sempre uma maneira de sobreviver. Não vejo nada que dê a entender que não continuará a ser assim”, refere John Swartzberg, professor emérito de doenças infecciosas e vacinologia da Escola de Saúde Pública da Universidade de Califórnia-Berkeley, nos Estados Unidos da América, em declarações citadas pelo Daily Star.
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Os cientistas acreditam que novas ondas de covid-19 são inevitáveis devido às mutações genéticas do vírus que protagonizam aquilo que é descrito como uma espécie de luta pelo domínio. E a mutação que sair vencedora desta “batalha” irá determinar o curso da próxima onda. Os investigadores desejam que a próxima mutação seja leve de modo a que a ciência se consiga preparar para aquilo que poderá acontecer posteriormente. O pior cenário é uma mutação forte que aconteça demasiado depressa, não dando margem de preparação para a ciência. Neste momento já estão identificadas duas possíveis novas variantes da doença. Trata-se de uma subvariante da Ómicron que é leve. A outra é uma variante que evita os anticorpos. Estima-se ainda que o próximo pico de casos aconteça no inverno.
“O vírus descobriu sempre uma maneira de sobreviver”
Se o destaque for para a referida subvariante da Ómicron as vacinas existentes estão preparadas para combater o vírus. O que, de acordo com os cientistas, se traduzirá num ligeiro aumento de casos e do número de mortes. Se assim não for, prevê-se algo mais grave para a humanidade. “Uma grande mudança genética que aumentaria muito a sua capacidade de infectar humanos, independentemente do status de vacinação e infecções anteriores”, alerta Anthony Alberg, epidemiologista da Universidade da Carolina do Sul, EUA, em conversa com o The Daily Beast.
Texto: Bruno Seruca
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