Ataque a Alcochete: Arguido expulso do tribunal por protestar contra a procuradora

A sessão do debate instrutório sobre o processo do ataque à Academia do Sporting, em Alcochete, fica marcada por muitos momentos de tensão.

Ataque a Alcochete: Arguido expulso do tribunal por protestar contra a procuradora

A sessão do debate instrutório sobre o processo do ataque à Academia do Sporting, em Alcochete, fica marcada por muitos momentos de tensão. De acordo com a RTP3, um dos arguidos foi expulso da sala de audiências por desrespeito ao tribunal depois de ter protestado contra a procuradora Cândida Vilar.

Já durante a manhã, o juiz advertiu Bruno de Carvalho, mandando-o calar, depois deste ter proferido alguns comentários durante uma das intervenções da procuradora. «Senhor Bruno de Carvalho, não lhe digo para estar calado outra vez. O senhor não está aqui para falar com ninguém, nem veio aqui para falar com ninguém», afirmou Carlos Delca.

Dos 44 arguidos, mantêm-se em prisão preventiva 35, entre os quais o líder da claque Juventude Leonina (Juve Leo), Nuno Vieira Mendes, conhecido como ‘Mustafá’, e o ex-oficial de ligação aos adeptos Bruno Jacinto, depois de Fernando Mendes, antigo líder daquele grupo organizado de adeptos, ter sido libertado devido a razões de saúde.

Nulidade da prova

Esta sessão ficou ainda marcada pelo facto de os advogados de vários arguidos do processo do ataque à Academia do Sporting, em Alcochete, terem pedido a nulidade da prova. O requerimento, apresentado inicialmente por Carlos Alves Melo, advogado de Emanuel Calças, ex-gestor das redes sociais do Sporting, baseia-se no facto de a recolha de provas, nomeadamente dos telemóveis e respetivos conteúdos, ter sido feita com “total ausência de controlo jurisdicional sobre dados comunicacionais colhidos”.

Após a apresentação, o requerimento acabou por ser subscrito por mais 14 advogados dos 44 arguidos no processo, e o juiz Carlos Delca, sem atender ao pedido de nulidade, aceitou o documento, remetendo uma decisão para o debate instrutório. Em janeiro deste ano, o TIC do Barreiro declarou a especial complexidade do processo da invasão à Academia do Sporting, pedida pelo MP, o que, consequentemente, dilatou o prazo de prisão preventiva dos arguidos que se encontram presos.

Esta decisão teve como consequência direta o alargamento do prazo (até 21 de setembro) para que o TIC do Barreiro profira a decisão instrutória, sem que 23 dos arguidos sejam colocados em liberdade. A fase de instrução teve início a 1 de julho.

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