Visto como homem polémico, Aurelio De Laurentiis voltou a proferir palavras controversas. Desta vez, o presidente do Nápoles garante que irá riscar os jogadores africanos da lista de futuras contratações do clube italiano. “Chega de jogadores africanos”, começa por dizer. Explicando depois o motivo desta decisão que está a ser vista como controversa.

Ten Hag critica Ronaldo pela saída antecipada do jogo com Rayo Vallecano
O treinador do Manchester United, Erik ten Hag, criticou hoje o comportamento do português Cristiano Ronaldo e de todos os futebolistas que no domingo abandonaram Old Trafford antes do final do jogo particular com o Rayo Vallecano (… continue a ler aqui)

“Ou então desistem de jogar a CAN. Não contrato mais por isso. Somos os idiotas que pagam os salários para mandá-los jogar pelo mundo fora a meio do campeonato”, disse durante uma entrevista ao Smart Talk, do Wall Street Itália. “Adoro-os, mas ou assinam um acordo, dizendo que abdicam da Taça das Nações Africanas, ou nada feito. Estes jogadores nunca estão disponíveis”, acrescenta. Recorde-se que o Nápoles tem no plantel o nigeriano Victor Osimhen, o camaronês Zambo Anguissa e os argelinos Adam Ounas e Faouzi Ghoulam, que podem desfalcar a equipa em janeiro.

“Somos os idiotas que pagam os salários para mandá-los jogar pelo mundo fora a meio do campeonato”

O dirigente deixa ainda críticas à UEFA, pedindo uma competição para “os cinco países mais importantes”, mas com moldes diferentes da Superliga. “Fui contra porque era uma competição só para convidados. Havia pessoas privilegiadas que convidavam outros”, refere. De Laurentiis ataca ainda a gestão dos clubes. “O mundo do futebol é cego. Já ninguém se lembra do fair play financeiro. E o futebol não é apenas paixão, mas também uma indústria. O mundo do futebol não se sabe governar, é um teatro”, acusa. Por fim, o presidente do Nápoles diz ainda ter recusado, na temporada 2017/18, uma proposta de 900 milhões de euros para a venda do clube a investidores norte-americanos.

Texto: Bruno Seruca; Fotos: Reprodução Facebook

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