Bruno Fernandes sobre advogado de Bruno de Carvalho: «O papel dele passa por tentar enervar-me.
Capitão do Sporting recorda o dia em que o advogado do ex-presidente do Sporting lhe chamou Joaquim, durante o julgamento do ataque à Academia de Alcochete.
Depois de revelar que o sonho de competir na Premir League não pode esperar muito mais, Bruno Fernandes revela, numa entrevista ao Record, a influência que o julgamento do ataque à Academia de Alcochete – que decorre no Tribunal de Monsanto – tem na sua performance e o ambiente que se vive entre os adeptos e a administração do Sporting.
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O capitão do Sporting foi ouvido no Tribunal de Monsanto – através de videochamada – no dia 10 de dezembro, onde recordou os momentos de pânico e o medo que sentiu pela família, na sequência do ataque à Academia. Agora, o médio revela que todo o processo afeta-o emocionalmente. «Por incrível que possa parecer, (…) esta tem sido uma época complicada também por causa disso. Reviver todos os momentos, lembrar tudo ao pormenor. Ter de ir a tribunal nunca é fácil. Estar frente a frente com advogados que fazem o papel deles em defesa dos arguidos. É difícil por estarmos em competição. Eu estive três horas à espera que o Ristovski acabasse o depoimento dele para ir fazer o meu. Aquelas três horas (…) mexem, cansam e desconcentram. (…) Afeta qualquer um. Não está em questão o atleta, mas o ser humano», explica.
Relativamente ao momento em que Miguel A.Fonseca – advogado de Bruno de Carvalho – se dirigiu a ele, durante a sessão no Tribunal – e o chamou de Joaquim, o capitão dos leões afirma: «O papel dele (Miguel A. Fonseca) passa por tentar enervar-me. Talvez tivesse ordens de alguém para me tentar enervar chamando-me Joaquim. Mas eu também não sei o nome dele e, sinceramente, não estou muito interessado nem preocupado com o facto de ele me chamar Joaquim ou outro nome qualquer. Pelo que me disseram, estamos a falar de um sportinguista. Acho estranho um sportinguista não saber o meu nome. Se é assim tão adepto, deveria saber o nome dos jogadores que representam o seu clube.»
Bruno Fernandes sobre imagens do Bessa| «O que mais me magoa é a Liga»
Sobre a divulgação das imagens em que surge a pontapear uma porta, após a expulsão na fase final do encontro entre Boavista e Sporting, Bruno Fernandes confessa esperar uma atitude por parte da Liga.
«O que mais me magoa é a Liga. As imagens saem quando não podem sair, porque isso não é permitido (por lei), e a Liga nada faz. Muitas vezes fala-se de corrupção e de várias coisas no futebol português. Eu acho que é nestes momentos que a Liga tem de agir. (…) Os únicos que falaram foram o Sporting e o Sindicato dos Jogadores. A Liga deveria ter feito algo. Porque isto não é mau só para mim, é mau para o futebol português. É sinal de que algo não está certo. E a Liga tinha de tomar uma decisão naquele momento», rematou.
Texto: Sílvia Abreu
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