Cacifo de Pelé no Santos não é aberto há 48 anos e ninguém sabe o que está lá dentro

Pelé terminou a carreira em 1974 e trancou o cacifo que tinha no Santos. Passados 48 anos permanece no balneário e ninguém sabe o que tem lá dentro.

Cacifo de Pelé no Santos não é aberto há 48 anos e ninguém sabe o que está lá dentro

Foi a 2 de outubro de 1974 que Pelé se despediu do Santos. Em pleno Estádio Urbano Caldeira (Vila Belmiro), aquele que é conhecido como Rei ajoelhou-se assim que soou o apito final do jogo que opôs o Peixe ao Ponte Preta. O ex-jogador brasileiro, que luta agora pela vida, não só dizia adeus à equipa de sempre como terminava a carreira. Em lágrimas, Pelé desceu aos balneários depois de ter dado uma volta olímpica com a camisola na mão.

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Já no balneário, Pelé mexeu no seu cacifo, que está trancado desde então. Depois, saiu de Vila Belmiro num carro da Polícia Militar. No bolso, tinha a chave daquele que sempre foi o seu cacifo. Desde então, e já passaram 48 anos, que ninguém abre o cacifo. Que permanece intocável no balneário da equipa. O cacifo conta com uma foto e autógrafo do astro brasileiro. Quanto ao interior, o que lá está é um mistério. Especula-se que terá uma peça de roupa, mas só Pelé sabe o que lá está guardado.

“A única coisa que permanece igual, na mesma posição, é o armário do Pelé”

“Todos os armários passaram, ao longo das décadas, por inúmeras reformas, modernizando-se ao longo do tempo. A única coisa que permanece igual, na mesma posição, é o armário do Pelé. Tanto é que ele é revestido por uma porta. Dentro dessa porta, que está trancada, o armário dele é o mesmo de quando deixou a Vila Belmiro”, refere Gabriel Pierin, guia da visita ao estádio, em declarações citadas pelo flashcore.pt. “No dia em que se despediu, ajoelhou-se em frente ao armário, agradeceu toda a trajetória vitoriosa e por tudo que o Santos representou na sua vida. E deixou uma peça de roupa particular dele dentro do armário e trancou. Eu nunca vi esse armário aberto. É uma mística do Santos”, acrescenta o também historiador.

No início de 2023 (a 18 de Janeiro) irá acontecer uma reunião com os arquitetos do novo estádio do Santos. Um dos temas da reunião será o que fazer com elementos históricos presentes no atual Vila Belmiro. Como é o caso do cacifo de Pelé, que poderá ser transferido para o Memorial das Conquistas ou, como tem vindo a acontecer, permanecer no novo balneário. O novo estádio, com capacidade para 30 mil pessoas, irá começar a ser construído no segundo semestre de 2023.

Texto: Bruno Seruca; Fotos: DR

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