Carlos Carvalhal vê “oportunidade” de passar para quarto vencendo o Santa Clara
O treinador Carlos Carvalhal disse hoje ver como uma oportunidade a visita do Sporting de Braga ao reduto do Santa Clara, domingo, na 15.ª jornada da I Liga de futebol, para ultrapassar o adversário na tabela classificativa.
Os minhotos não ganham há três jogos seguidos, com uma derrota na Liga Europa com a Roma (3-0) entre dois empates caseiros, com o Estoril Praia (2-2) e, na última ronda, com o Famalicão (3-3), para o campeonato.
“Este é uma boa oportunidade para ganhar e saltar para o quarto lugar contra uma equipa boa, com bons valores individuais, o Vasco Matos está a fazer um excelente trabalho. Temos que estar focados, tivemos uma semana para preparar o jogo e o objetivo imediato é vencer o jogo, sabendo que dessa forma vamos para o quarto lugar”, reforçou na conferência de imprensa de antevisão da partida.
O momento dos minhotos não é o melhor, mas o treinador sente que “o balão está a crescer” em termos de dinâmica de grupo, esperando “uma resposta afirmativa” no domingo para “mostrar que o Sporting de Braga “está aí para as curvas”.
“Herdei um grupo que não foi criado por mim”, notou o técnico, considerando que “não está tudo perfeito, mas [que a equipa] está a evoluir”.
No final do jogo com o Famalicão, criou-se alguma tensão com os adeptos no momento em que os jogadores faziam o habitual momento de agradecimento, mas Carlos Carvalhal garantiu hoje que isso vai continuar a acontecer e que os jogadores têm que saber lidar com as críticas.
Matheus foi um dos jogadores que se mostraram incomodados com as críticas nesse momento sendo que, num treino aberto aos adeptos desta semana, o guarda-redes recusou cumprimentar os adeptos no final do mesmo, como o fizeram os outros jogadores do plantel.
“Sou um ser humano, tenho expectativas, tenho um passado no clube, fico chocado com algo que aconteceu no final de um jogo pelo que três ou quatro adeptos fizeram e, no treino seguinte, há portas abertas e pode haver um indivíduo que manda uma boca. Ele [Matheus] podia alterar-se, criar-se realmente um problema e resguardou-se, não há caso. [Mas] Temos que saber lidar com as críticas. Se o Abel [Ferreira] e o Guardiola são criticados depois de ganharem tudo, todos nós temos que ter bagagem para aceitá-las”, explicou.
Os oito golos sofridos nestes três jogos são uma preocupação para o técnico que quer mais equilíbrio sobretudo nas transições defensivas.
“Antes tivemos três vitórias com zero golos sofridos. No jogo do Estoril Praia [estávamos a ganhar 2-0] e desregulámos um pouco, depois um jogo difícil na Roma, pela qualidade do adversário, e no jogo seguinte [Famalicão] tivemos oportunidades claríssimas para fazer três ou quatro golos na primeira parte. Acabámos a perder ao intervalo e tivemos que correr riscos, perdemos equilíbrio e aí tivemos problemas nas transições. Um dia isto vai mudar, vamos ter sorte e os guarda-redes [adversários] não vão ser os melhores jogadores de campo”, disse.
O internacional sub-21 João Marques foi contratado em fevereiro por 3,5 milhões de euros, mas não tem sido opção, tendo jogado apenas três minutos nos últimos quase quatro meses.
“É uma pedra no sapato do treinador. É um bom jogador, trabalha bem, mas nas escolhas recai em lugares onde está o Bruma, o Ricardo Horta e Gharbi. Se o Gharbi não tivesse vindo talvez caísse nesse espaço, mas o Gharbi tem mostrado atributos. Não estou a dizer que é melhor que o João Marques, mas não podemos convocar todos”, notou.
Sporting de Braga, quinto classificado, com 25 pontos, e Santa Clara, quarto, com 27, defrontam-se a partir das 16:00 de domingo, no Estádio São Miguel, em Ponta Delgada, Açores, jogo que será arbitrado por Tiago Martins, da associação de futebol de Lisboa.
GYS // AJO
Lusa/Fim.
By Impala News / Lusa
Siga a Impala no Instagram