Cartão vermelho: Rui Costa assume presidência do Benfica
O vice-presidente Rui Costa assumiu a presidência do Benfica, depois de o presidente Luís Filipe Vieira ter suspendido o mandato, por estar a ser investigado no processo ‘cartão vermelho’.
O vice-presidente Rui Costa assumiu a presidência do Benfica, depois de o presidente Luís Filipe Vieira ter suspendido o mandato, por estar a ser investigado no processo ‘cartão vermelho’, informou hoje o clube lisboeta.
“O Sport Lisboa e Benfica informa que, nos termos que se encontram estatutariamente previstos e em virtude da comunicação realizada hoje pelo presidente da direção, Luís Filipe Vieira, o vice-presidente Rui Manuel César Costa, assume, com efeitos imediatos, a presidência do Sport Lisboa e Benfica, nos termos da alínea a do número 3 do artigo 61 dos estatutos do clube”, lê-se no comunicado dos ‘encarnados’.
No mesmo documento, publicado no sítio oficial do clube na Internet, o Benfica assegura que “esta nomeação tem o apoio unânime dos membros da Direção do Sport Lisboa e Benfica”.
O empresário Luís Filipe Vieira comunicou hoje a suspensão, “com efeitos imediatos”, do exercício de funções como presidente do Benfica, em consequência de detenção no âmbito da operação ‘cartão vermelho’.
“O Benfica está primeiro, perante os eventos dos últimos dias, no âmbito da operação ‘cartão vermelho’, em que sou diretamente visado, e enquanto o inquérito em curso puder constituir um fator de perturbação, suspendo, com efeitos imediatos, o exercício das minhas funções como presidente do Sport Lisboa e Benfica, bem como de todas as participadas do clube”, comunicou o advogado de Luís Filipe Vieira, à porta do Tribunal Central de Instrução Criminal.
O empresário e presidente do Benfica, de 72 anos, foi um dos quatro detidos na quarta-feira numa investigação que envolve negócios e financiamentos superiores a 100 milhões de euros, com prejuízos para o Estado e algumas sociedades.
Segundo o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) estão em causa factos suscetíveis de configurar “crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento de capitais”.
Para esta investigação foram cumpridos 44 mandados de busca a sociedades, residências, escritórios de advogados e uma instituição bancária em Lisboa, Torres Vedras e Braga. Um dos locais onde decorreram buscas foi a SAD do Benfica que, em comunicado, adiantou que não foi constituída arguida.
No mesmo processo foram também detidos Tiago Vieira, filho do presidente do Benfica, o agente de futebol Bruno Macedo e o empresário José António dos Santos, conhecido como “o rei dos frangos”.
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