Covid-19: Cabo Verde retira-se do Mundial de andebol
A seleção de andebol de Cabo Verde retirou-se do Mundial de 2021, após já ter faltado ao jogo com a Alemanha, no domingo, devido à existência de vários casos positivos ao novo coronavírus, anunciou esta segunda-feira a federação internacional.
A seleção de andebol de Cabo Verde retirou-se do Mundial de 2021, após já ter faltado ao jogo com a Alemanha, no domingo, devido à existência de vários casos positivos ao novo coronavírus, anunciou esta segunda-feira a federação internacional.
“Cabo Verde informou, oficialmente, a Federação Internacional de Andebol (IHF) que desiste do evento. A IHF aceitou a desistência, que salvaguarda a saúde de todos os participantes do Mundial”, indicou o organismo regulador da modalidade, em comunicado.
A IHF anunciou no domingo o cancelamento do jogo entre Alemanha e Cabo Verde, que disputava pela primeira vez o campeonato do mundo, uma vez que a seleção africana não dispunha do número mínimo de 10 jogadores para iniciar o encontro, depois de ter perdido na estreia, com a Hungria, por 34-27.
Cabo Verde, que viajou com apenas 11 jogadores para o Egito, palco da fase final do torneio, faltou à partida da segunda jornada do Grupo A, depois de terem sido detetados mais dois casos positivos ao novo coronavírus, que deixaram a seleção com apenas nove atletas disponíveis.
A IHF atribuiu derrota por 10-0 a Cabo Verde no jogo com a formação germânica, tal como vai acontecer na partida da última ronda do Grupo A, com o Uruguai, prevista para terça-feira, e em todas as referentes à Taça Presidente, destinada aos últimos classificados dos grupos da fase preliminar.
O presidente da Federação Cabo-verdiana de Andebol, Nélson Jesus, explicou que a seleção nacional, ao entrar no Egito, em 13 de janeiro, foi confrontada com o facto de que quatro atletas que tinham estado infetados durante o estágio em Portugal e que “recuperaram” da doença, “voltaram a acusar positivo na despistagem feita, no local da competição, pela organização do evento”.
No dia seguinte, toda a comitiva foi submetida a novos testes e, enquanto aguardava pelos resultados, foi autorizada a realizar um treino restrito.
Em 15 de janeiro, os resultados das autoridades de saúde locais não apresentaram qualquer caso positivo, pelo que a equipa cabo-verdiana, composta por 11 jogadores, teve autorização para sair do hotel para o local do primeiro jogo da competição, com a Hungria.
Segundo Nélson Jesus, no final da partida de estreia, os 11 jogadores foram submetidos a novo teste de despiste.
“E destes testes surgiram, inexplicavelmente, mais dois casos positivos, reduzindo a seleção nacional para nove elementos, que contraria o regulamento da competição, onde nenhuma equipa é permitida comparecer, no terreno do jogo, com menos de 10 elementos”, observou o dirigente.
Nélson Jesus indicou que a participação de Cabo Verde no Mundial “não ficaria colocada em causa” e que a federação tinha providenciado a partida para o Egito “o mais breve possível”, para integração na equipa principal, de “mais quatro atletas de andebol vindos desde Cabo Verde e Portugal”.
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