Benfica sem identidade perde passaporte para a meia final da Liga Europa [vídeos]
Eintracht Frankfurt e Benfica disputaram, esta quinta-feira, a segunda mão dos quartos de final da Liga Europa, na Alemanha. Os Encarnados levavam vantagem, mas não conseguiram segurá-la.
Eintracht Frankfurt e Benfica disputaram, esta quinta-feira, a segunda mão dos quartos de final da Liga Europa, na Alemanha. Jogo disputado com alguns lances polémicos, nomeadamente o primeiro golo apontado pela equipa da casa através de Kostic [36′]. Bruno Lage contesta a validação do lance e acaba mesmo sendo expulso. O segundo golo surge na segunda metade, por Sebastian Rode aos 67 minutos.
O Benfica seguiu para a Alemanha com vantagem, depois de ter vencido na Luz por 4-2. Contudo, o resultado não foi suficiente e os 2 golos marcados pelos alemães ditaram o final da participação dos Encarnados na Liga Europa. O Eintracht Frankfur carimba assim o passaporte para as meias-finais.
67′ – GOLO! S. Rode faz o segundo para os alemães.
37′ – Bruno Lage contesta golo de Kostic e acaba expulso.
36′ – GOLO da equipa da casa! Kostic colocou a bola na baliza defendida por Vlachodimos. Lance muito polémico.
1′ – Começa o jogo na Alemanha.
JÁ HÁ ONZES! Bruno Lage faz três alterações no esquema para enfrentar o Eintracht Frankfurt. Jardel, Fejsa e Gedson são titulares, em detrimento de Ferro, Pizzi e Florentino, titulares frente ao Vitória de Setúbal.
Onze do Benfica: Vlachodimos, André Almeida, Rúben Dias, Jardel, Grimaldo, Fejsa, Samaris, Gedson, Rafa, João Félix e Seferovic.
Onze do Eintracht Frankfurt: Trapp, Falette, Rebic, Gelson Fernandes, Jovic, Kostic, Gacinovic, Rode, Abraham, Hasebe e Da Costa.
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Conferência de antevisão do Benfica
Olhar para o resultado de 4-2 pode ser a maior armadilha para o Benfica?
Sim e seguramente não é isso que vamos fazer. Sentimo-nos confortáveis, fizemos quatro golos e agora queremos seguir com o nosso plano de jogo, prepararmos bem o jogo, escolher o melhor onze, conseguir os nossos golos e o resultado para seguir em frente.
Que desafios terá o Benfica pela frente do ponto de vista tático para o jogo da segunda mão?
É um sistema diferente, com três defesas, que aproveita a largura pelos laterais. Tivemos de fazer uma pressão diferente na primeira mão. É verdade que estão com alguns problemas na defesa e não sabemos se vão alinhar com a defesa a cinco ou a quatro; se vão jogar com um médio atrás de dois médios ou um médio atrás de dois avançados. São questões que só perto da hora de jogo é que vamos saber. Eles querem o controlo de jogo, mas nós também queremos e temos de estar preparados. Vai ser um jogo de grande intensidade.
Com as campanhas do Benfica e do Ajax na Europa, os projetos de formação estão a provar que podem ser mais do que mero romantismo?
Sim, mas não é de agora. Tem acontecido isso na história do futebol. Há 20 ou 30 anos, o Ajax foi uma referência na formação, mas há outros casos. Temos feito essa aposta também e temos crescido no sentido de apostar em jovens da formação. Mas temos de ter consciência que temos uma grande equipa, com jogadores experientes, alguns deles conquistaram o Tetra. Cada clube tem de encontrar o seu caminho para progredir com equilíbrio e o Benfica tem conseguido isso, com jovens, com futebolistas experientes, estrangeiros, portugueses, e tem sabido integrar os jovens da formação na sua equipa principal.
Numa recente entrevista, Bruno Fernandes, jogador do Sporting, deixou elogios ao Benfica. Como é que lida com estes elogios por parte de um rival?
O mais importante nesta vida é ser reconhecido pelo nosso trabalho. Recordo-me que há umas semanas falei do Bruno [Fernandes] e no tempo que se passa a comparar quem é o melhor. Não temos de ter medo de elogiar os nossos adversários. Para já, começar a dizer o nome dos nossos adversários. O Sporting, o FC Porto, o SC Braga… Já elogiei o Herrera, o Bruno… Ao elogiar o adversário, não estou a fragilizar o que é meu. No meio de tanto barulho temos de agarrar estes exemplos para passar uma boa imagem internacional, através do que o FC Porto está a fazer na Liga dos Campeões ou o que nós estamos a fazer na Liga Europa.
O Benfica é favorito depois do 4-2 na primeira mão? Salvio está apto para ser opção de início ou para o que o jogo estiver a dar?
Estamos em vantagem e não o escondemos. Quando chegamos a esta altura da competição, temos de perceber que tudo pode acontecer. Já viram vários exemplos de equipas que começam a ganhar e depois não conseguem dar seguimento ao que fizeram no segundo jogo. O Eintracht Frankfurt tem feito uma excelente campanha na Europa, isso é de enorme valor, tal como o que o Ajax tem feito na Champions, e o Benfica já enfrentou as duas. Temos de ir para este jogo como no primeiro encontro para seguir em frente, sem esquecer que estamos a vencer. Salvio já estava apto há cerca de 10 dias e quando entra na convocatória é para estar disponível para jogar os 90’, estar no banco ou na bancada.
Frente ao Sporting, na Taça de Portugal, o Benfica estava a vencer a eliminatória e acabou por ser eliminado. Essa eliminatória serve de aviso?
É um facto, mas são competições diferentes, em alturas da época diferentes. Olha-se para o lado negativo, mas pode-se olhar para o lado positivo. A nossa vida é corresponder jogo a jogo, estamos conscientes da vantagem, mas o mais importante é a ambição de querer seguir em frente e ganhar o jogo para que isso aconteça. Não estamos agarrados a medos até porque a equipa já provou que sabe responder após uma derrota.
Benfica está em duas frentes importantes. Que gestão vai fazer para este jogo e para a restante época?
Entre este jogo e o outro do campeonato, o intervalo é maior, vamos ter três dias para recuperar. Na primeira mão, olharam para a equipa e pensaram que tentámos fazer gestão com o Seferovic. Mas não foi. Tentámos surpreender o nosso adversário, foi o lado estratégico que levou a isso. O treinador adversário preparou-se para o facto de jogarmos ou não com um ponta de lança. São os quartos de final, mas é de final em final, seja aqui na Liga Europa, seja no Campeonato.
O Samaris tem o processo de renovação em marcha. Dado que reabilitou o jogador, fica agradado com o andamento deste processo de renovação?
Reabilitado? Não! Eu não faço milagres. O que eu faço é olhar para o que o jogador faz no treino. Tenho 24 jogadores. O momento e o caminho são estes. O Samaris começa a jogar, tal como o João Félix, o Ferro e o Florentino. Para estes jogarem quer dizer que alguém saiu. Não quero o rótulo de reabilitação. Para isso temos um excelente médico. Olhamos para todos da mesma forma independentemente da idade. Olhamos para a forma como treinam – e estamos satisfeitos com todos –, analisamos a estratégia para o jogo e escolhemos o onze. Jogar no Benfica é fácil: treinar a mil e ter rendimento no jogo.