Frederico Varandas: «Houve quem dissesse que não íamos ver um euro do caso Rui Patrício»

O presidente do Sporting assumiu que os primeiros dois meses têm sido “extenuantes”, pela necessidade de lidar com “situações muito complicadas”, que, assumiu, espera “um dia esquecer”.

Frederico Varandas: «Houve quem dissesse que não íamos ver um euro do caso Rui Patrício»

O presidente do Sporting assumiu sexta-feira à noite em Leiria que os primeiros dois meses de liderança têm sido «extenuantes», pela necessidade de lidar com «situações muito complicadas», que, assumiu, espera «um dia esquecer».

No 38.º jantar Rugidos de Leão, no qual participou pela primeira vez como presidente ‘leonino’, Frederico Varandas revelou as dificuldades que a equipa diretiva tem encontrado, descrevendo a tarefa como um «desafio colossal»: «Têm sido dias e noites extenuantes, a lidar com situações muito complicadas, muito difíceis. Muitas coisas que teremos de guardar para sempre dentro de nós e, algumas delas, esperar que as possamos, um dia, esquecer.»

Agradecendo a quem, na equipa que com ele trabalha, está «praticamente a viver em Alvalade e Alcochete», Frederico Varandas recordou dois meses recheados de «processos, turbulência, ruído, maledicência, insultos, ameaças, birras, histeria mediática, detenções, polémicas, insanidade».

«”Apesar disso tudo, não se desviaram do que lhes pedi», elogiou.

Sublinhando não querer ser «justiceiro», nem querer «apagar a história, seja ela boa ou má», o presidente dos ‘leões’ considerou, perante a plateia de cerca de 1.500 participantes, que «um Sporting que não se respeite a si próprio, não terá o respeito de ninguém. Um Sporting de figuras tristes, ressabiamento, loucura, histeria, cheio de gente com sede de protagonismo, não merece o respeito de ninguém».

«Em nenhum lugar do mundo há tantas vezes tanto ruído como há frequentemente à volta do Sporting. É preciso que todos, mesmo todos, entendam aquilo que nos faz bem e aquilo que nos faz mal enquanto clube», pediu.

Frederico Varandas recordou alguns sucessos desde que assumiu a liderança, como o acordo com o Wolverhampton pela transferência de Rui Patrício: «Houve quem dissesse que não íamos ver um euro do caso Rui Patrício. Num processo muito difícil, que exigiu tempo, desgaste, tenacidade, resiliência, muito esforço e empenho de várias partes, o caso resolveu-se e o Sporting recebeu bem mais do que um euro.»

Por Gelson, que também saiu após rescindir contrato na sequência do ataque à academia de Alcochete, há ainda esperança de acordo: «Apesar da tristeza de inúmeros factos que são conhecidos de todos e em todo o mundo, apesar da vergonha, não desistimos de ir buscar o máximo que pudermos pelo Gelson junto do Atlético de Madrid.»

O próximo desafio do Sporting é o empréstimo obrigacionista, que Frederico Varandas diz ter sido ser alvo de «boicotes, das cunhas, das altas traições e de todas as tentativas inqualificáveis» para que não acontecesse.

«Apesar das facadas que foram dadas no coração do Sporting, quando se diz impunemente e irresponsavelmente que a SAD está em falência ou insolvência, apesar de todas as manobras incríveis, que jamais podia acreditar que pudessem ser feitas para que não houvesse empréstimo obrigacionista, com os brutais prejuízos para o próprio Sporting, apesar de tudo isso, conseguimos fazer e lançar o empréstimo obrigacionista», afirmou.

Em Leiria, o presidente do Sporting pediu a ajuda dos adeptos para «vencer a batalha do empréstimo obrigacionista».

«Saibamos dar provas de amor ao Sporting, principalmente quando o Sporting mais precisa: hoje, e nestes próximos dias, pelo Sporting e só pelo Sporting, todos têm oportunidade de fazer o que puderem, pelo nosso, pelo vosso, Sporting. Estes órgãos sociais subscreverão o empréstimo obrigacionista. Se cada sportinguista subscrever o valor mínimo de 100 euros, correspondendo a 20 obrigações, pelo Sporting daremos uma enorme demonstração de força ao país e ao mundo, depois de tudo o que nos aconteceu», concluiu Frederico Varandas.

 

 

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