«No dia 15 de maio de 2018, o senhor foi esbofeteado por adeptos do Sporting na academia de Alcochete. Ano e meio depois, tocou o céu, no Brasil. O que é que isto lhe diz sobre a vida?» Com esta pergunta, José Rodrigues dos Santos abriu no Telejornal da RTP de 30 de dezembro a entrevista a Jorge Jesus. O técnico, que horas antes fora condecorado por Marcelo Rebelo de Sousa com a Ordem do Infante D. Henrique, explicou que «foi o futebol» que lhe deu a «possibilidade de dar passos em frente».

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Mesmo que para isso tenha tomado a decisão de emigrar para o outro lado do Atlântico contra os conselhos «das pessoas mais ligadas» a ele. «Não estavam muito de acordo porque o Brasil é um país que despede treinadores com três ou quatro jogos e uma semana de trabalho. E eu pensava o contrário, que o Brasil poderia projetar a minha carreira. Quando surgiu a oportunidade de treinar o Flamengo, depois de duas recusas, a do Vasco da Gama e a do Atlético Mineiro, não hesitei. E em boa hora não hesitei.»

Treinador campeão do Brasil em tribunal a 7 de janeiro

Sobre o ponto de partida, a agressão de que fora alvo ano e meio antes, nem uma palavra. O pivô não voltou ao tema que Jesus terá de reviver quando, dia 7 de janeiro, testemunhar em julgamento contra Bruno de Carvalho e outros elementos ligados ao clube verde e branco e à claque Juventude Leonina.

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