O empresário Jorge Mendes e o ex-jogador luso-brasileiro Deco estão na mira da justiça por suspeita de terem recebido luvas milionárias, avança o Correio da Manhã. Foram alvo de buscas num processo que tem na direção o juiz Carlos Alexandre, que tem como denunciante Rui Pinto, e numa ação que decorreu no dia em que outra terminou: Rosário Teixeira também esteve em Braga, na operação Cartão Azul, a fazer buscas ao escritório de Bruno Macedo, que também é alvo na operação Fora de Jogo.

Deco é um dos cinco novos arguidos do processo que ontem contou com mais de 20 buscas – e que fiz respeito essencialmente a crimes tributários – enquanto no Cartão Azul foi constituído arguido Vespasiano Macedo, pai de Bruno Macedo. No que concerne ao antigo internacional português e ao superagente, há suspeitas de pagamentos de verbas elevadas e não justificadas em vários negócios, sendo que num deles a comissão ascende aos 5 milhões, num negócio de 18 milhões. Ou seja, quase 30% do montante da transferência de Tapsoba do Vitória de Guimarães para o Bayer Leverkusen foram para os bolsos de Mendes e Deco. As autoridades querem saber qual a razão para a Gestifute ter cobrado três milhões ao clube minhoto já que é Deco quem aparece como intermediário.

Transferência de Bruno Xadas em investigação

Além disso, a transferência de Bruno Xadas do Braga para o Marítimo está também em investigação. Em comunicado, o DCIAP diz que estão em causa suspeitas de negócios simulados, celebrados entre clubes de futebol e terceiros, que tiveram em vista a ocultação de rendimentos do trabalho dependente, sujeitos a declaração e retenção na fonte em sede de IRS. No processo que visa Deco e Jorge Mendes, as comissões rondarão os 15 milhões de euros.

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