Luso-venezuelanos participaram em missa de homenagem a Pinto da Costa
Cerca de 150 portugueses, maioritariamente portistas, participaram, em Caracas, Venezuela numa missa do sétimo dia em homenagem ao antigo presidente do Futebol Clube do Porto Jorge Nuno Pinto da Costa.
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“Pinto da Costa sempre foi foco de união. Hoje, todos nós somos a melhor prova disso”, disse, durante a cerimónia, o ex-presidente da filial 43 do FC Porto, na Venezuela, Alvarinho Sílvio Moreira.
O portista recordou que conheceu pessoalmente Pinto da Costa em 1998 e que, a partir daí, o visitava sempre que ia a Portugal.
Alvarinho Sílvio Moreira disse também que o convidou a visitar a Venezuela, o que aconteceu em julho de 2013, quando o FC Porto disputou um torneio no país sul-americano, ocasião que serviu de pretexto para “juntar benfiquistas, sportinguistas, simpatizantes de todos os clubes” numa grande festa no Centro Português de Caracas.
“Em apenas 18 dias [de preparativos] conseguimos algo monumental, que ele recordou toda a vida”, disse.
Sobre Pinto da Costa, Alvarinho Sílvio Moreira disse durante um discurso que “todo o mundo conhece sobejamente os logros e o alcance do que conseguiu no desporto português, não só para a cidade do Porto, para o FC Porto, mas também para o futebol português e para Portugal”.
“Quero me dedicar a falar do homem. Um homem bom, um portuense à imagem da invicta cidade, um nortenho com o espírito irreverente e aventureiro que nos caracteriza, um português que levou, no mundo, Portugal ao infinito, o seu azul e branco, o seu limite. Que acreditou nos seus sonhos e levou-nos a sonhar com ele e juntos concretizamos sonhos que pareciam impossíveis”, disse.
Em declarações à Lusa, o atual presidente da Filial 43 do Porto na Venezuela, Manuel Oliveira, explicou que a morte de Pinto da Costa “teve impacto” nos portistas em Caracas.
“Todos os portistas, começando por mim, ficaram muito tristes (…) eu chamo-lhe, a era Pinto da Costa. Foram 42 anos, foi a era Pinto da Costa. (…) Um senhor que sabia contratar tanto a jogadores como equipas técnicas e sabia quando vender”, disse.
Jorge Nuno Pinto da Costa, ex-presidente do FC Porto, clube no qual se estabeleceu como dirigente mais titulado e antigo do futebol mundial entre 1982 e 2024, morreu a 15 de fevereiro, aos 87 anos, vítima de cancro.
Empossado pela primeira vez em 23 de abril de 1982, seis dias depois de ter sido eleito sem oposição como sucessor de Américo de Sá, o ex-dirigente exerceu funções durante 42 anos e 15 mandatos consecutivos, levando o FC Porto à conquista de 2.591 títulos em 21 modalidades – 69 dos quais no futebol sénior masculino, incluindo sete internacionais.
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By Impala News / Lusa
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