Padel integra Jogos do Mediterrâneo 2026 e aponta aos Jogos Olímpicos
A Federação Portuguesa de Padel (FPP) encara como “natural” a integração da modalidade nos Jogos do Mediterrâneo 2026, convicta de que a breve trecho a sua grande expansão internacional a leve ao programa dos Jogos Olímpicos.
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“Já estivemos na última edição dos Jogos Europeus [em Cracóvia2023], a antecâmara dos Jogos Olímpicos e organizados pelo COI [Comité Olímpico Internacional], mais um passo nesta caminhada de reconhecimento olímpico. É consequência natural do crescimento e expansão da modalidade, cada vez mais ‘mainstream’ no mundo desportivo”, reagiu o vice-presidente da FPP Jean Paul Lares.
Em declarações à Lusa, o dirigente comentava a inclusão do padel em mais um evento multidesportivo internacional, à semelhança do que vai acontecer também nos Jogos do Mediterrâneo de praia, em 2027, em Portimão e Lagoa.
“Há uma série de requisitos que o COI considera durante este processo, sendo que os formais estão praticamente todos atingidos. Todas as indicações que temos é que o padel é visto com bons olhos, como uma modalidade sólida e emergente, com a vantagem de ser inclusiva e trazer muita gente, de todas as idades, para o desporto. Obviamente, e embora não seja regulamentar, o impacto como desporto-espetáculo e na TV é um factor com peso determinante”, acrescentou.
O responsável federativo recorda que este desporto já está espalhado pelos cinco continentes e que também já terá sido ultrapassado o número de federações cuja estrutura respeite os princípios da Carta Olímpica: “O resto, depende da decisão do COI”.
Segundo Jean Paul Lares, os agentes desportivos internacionais do padel pretendem a integração olímpica “o mais rapidamente possível”, contudo, baseado na sua “experiência”, reconhece que “o desejo realista é que possa integrar os Jogos de 2032”, em Brisbane, Austrália.
Quanto a Portugal, onde se tem registado um “crescimento imparável”, até ao momento houve cerca de 14.000 mil atletas a renovar a sua licença desportiva na federação, que tem indicações, através de plataformas de marcação de campos de jogo e torneios privados, que apontam para “quase 300.000 praticantes regulares” no país.
O dirigente recorda que Portugal tem sido muito ativo em termos de organização de competições internacionais, tendo promovido este mês o Portugal Master Padel, em Paredes, que recebeu vários dos melhores competidores internacionais, em evento pontuável para o ranking mundial.
Além desta competição, vão ser promovidas este ano em solo luso “mais 19 provas do circuito internacional, um número recorde e sem par em qualquer país do mundo”.
O padel foi inventado no México, sendo acolhido de seguida na Argentina e, posteriormente, em toda a América Latina, entrando na Europa através da Espanha. Ao fulgor inicial nos países mediterrânicos juntaram-se depois os do Norte e Leste da Europa, estando “cada vez mais firme” nos Estados Unidos e noutras latitudes do planeta.
RBA // MO
By Impala News / Lusa
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