Paris2024: Ouro vai ‘custar’ o recorde do mundo e Pichardo promete tentar superá-lo

Pedro Pichardo antevê que a disputa pelo ouro olímpico do triplo salto em Paris2024 vai ‘custar’ o recorde do mundo estabelecido pelo britânico Jonathan Edwards há 29 anos, prometendo, na defesa do seu título, tentar superar os 18,29 metros.

Paris2024: Ouro vai 'custar' o recorde do mundo e Pichardo promete tentar superá-lo

“Vai ser uma competição muito forte. Além do Jordan Díaz, vai estar o atleta da Jamaica [Jaydon Hibbert], o Andy Díaz, da Itália, mas também o [Hugues Fabrice] Zango e o Lázaro Martínez. Vai ser uma boa competição”, advertiu o português.

Pichardo, campeão olímpico em Tóquio2020, do mundo em Oregon2023 e da Europa em Munique2022, foi batido pelo espanhol Jordan Díaz, em 11 de junho último, na final do último Europeu, em Roma, por 14 centímetros, depois de ter voltado a saltar acima dos 18 metros (mais concretamente 18,04), nove anos depois.

O terceiro maior ‘voo’ de sempre de Pichardo valeu o novo recorde nacional — os dois anteriores, conseguidos em 15 e 28 de maio de 2015, ainda foram alcançados como cubano — e alimentaram a esperança para Paris2024, porventura adormecida pelas lesões sofridas no ano passado, que o afastaram do Mundial Budapeste2023.

“Eu acho que lá, no mínimo, vai ter de se bater o recorde do mundo e eu vou tentar, eu vou tentar”, prometeu, antes de saltar na pista do Stade de France, na capital francesa, onde vai disputar, no dia 07 de agosto, a qualificação para a final, marcada para dois dias depois.

O atleta do Benfica, de 31 anos, voltou a cobiçar o recorde que Edwards conseguiu em 07 de agosto de 1995, nos Europeus disputados em Gotemburgo, na Suécia, onde o britânico foi o primeiro a superar os 18 metros, com um primeiro salto a 18,16 metros, num recorde do mundo que durou cerca de 20 minutos, até o fixar em 18,29, até hoje.

A consistência de Pichardo justifica a ambição, o português conta três ‘voos’ acima dos 18, algo só superado por Edwards e pelo norte-americano Christian Taylor, com quatro cada, apesar de ‘só’ deter o sexto salto mais longo de sempre (18,08, em 2015).

Aliás, a reação de Pichardo após a final de Roma2024 foi, inicialmente, de desportivismo nessa noite, saudando a competitividade.

“Foi uma loucura! Foi um bom ‘show’, connosco os dois acima dos 18”, foi a reação, na zona mista, após uma final histórica, que só teve paralelo com a etapa de Doha da Liga de Diamante de 2015, quando Taylor também perdeu uma final, após saltar 18,04… frente a Pichardo, que conseguiu 18,06, ainda como cubano.

No entanto, na ‘ressaca’ da final, mesmo reiterando a promessa de lutar pela medalha de ouro em Paris2024, contestou a organização dos Europeus, questionado a dimensão do salto do rival, por ter sido conseguido enquanto a régua eletrónica estava desligada.

Este é só mais um motivo de interesse para a competição do triplo salto, em Paris, onde os Jogos Olímpicos decorrem de 26 de julho a 11 de agosto.

JP // AMG

By Impala News / Lusa

Impala Instagram


RELACIONADOS