Pinto da Costa suspeito de desviar 40 milhões de euros
SAD do FC Porto está a ser alvo de buscas por suspeitas de fraude, abuso de confiança e branqueamento de capitais. Pinto da Costa é suspeito de ter desviado 40 milhões de euros da SAD.
A sede da SAD do FC Porto está a ser alvo de buscas por parte do Ministério Público e da Autoridade Tributária, numa megaoperação que também visa as residências de empresários ligados ao futebol, casos de Pedro Pinho e Alexandre Pinto da Costa, filho do presidente dos dragões. De acordo com a revista Sábado, “em causa podem estar estar suspeitas de fraude, abuso de confiança e branqueamento de capitais num processo que resulta da Operação Cartão Vermelho“. Um dos dos negócios em causa é a compra e venda de Éder Militão.
Segundo o mesmo artigo, a mega investigação teve início no verão de 2018, no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP). Inicialmente, os alvos eram “dois intermediários nos opacos negócios milionários do mundo do futebol, mas rapidamente a investigação chegou a dezenas de alvos, que incluem os presidentes do Benfica e do FC do Porto e os filhos dos dirigentes”. Além disso, a rede estende-se a “administradores da SAD dos dragões Fernando Gomes e Adelino Caldeira, e diversos empresários como Hernâni Vaz Antunes”. O Nascer do Sol avança que Pinto da Costa é suspeito de ter desviado 40 milhões de euros da SAD, em negócios de transferências de jogadores.
Para além de Luís Filipe Vieira, também o filho Tiago Vieira, o empresário José António dos Santos (‘Rei dos Frangos) e o agente desportivo Bruno Macedo são arguidos Operação Cartão Vermelho. Em causa está a suspeita de burla qualificada, abuso de confiança agravada, falsificação de documentos, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada. Estão em causa alegadas fraudes do dirigente encarnado em negócios e transações com o Estado, Benfica e Novo Banco que ascendem a mais de 100 milhões de euros.
Comissões de 20 milhões de euros
De acordo com a TVI24, Alexandre Pinto da Costa é suspeito do recebimento de luvas milionárias não declaradas ao Fisco. Em causa estão suspeitas de 2,5 milhões de euros de comissões alegadamente recebidas num negócio de 500 milhões de euros relacionado com a venda dos direitos de transmissão televisivos do clube azul e branco à então Portugal Telecom, atual Altice. No centro das suspeitas está um triângulo entre Alexandre e os empresários Bruno Macedo e Pedro Pinho, com quem aquele mantém relações de sociedade e que são considerados, pela investigação, seus testas de ferro para que possa através deles, alegadamente, receber comissões de negócios ligados ao FC Porto.
Do lado da operadora, altos responsáveis estão também no centro da investigação – por suspeitas de que foram abusivamente distribuídas luvas no negócio fechado em 2016 com a então PT e em que o FC Porto vendia os direitos televisivos até 2027. O negócio de 500 milhões foi intermediado pela BM Consulting, de Bruno Macedo, e gerou comissões na ordem dos 20 milhões de euros. Daí, acredita a investigação, saíram 2,5 milhões para Alexandre Pinto da Costa, filho do presidente do FC Porto, através de Pedro Pinho, ligado a Bruno Macedo.
Pinho, recorde-se, é o empresário que na última semana foi acusado pelo Ministério Público de ter agredido um repórter de imagem da TVI a seguir a um jogo do FC Porto. Nessa altura, o clube disse que nada tinha a ver com o dito empresário. Quanto a Bruno Macedo, recorde-se, já tinha sido detido no último verão por ligações a Luís Filipe Vieira.
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