Possível processo disciplinar a procuradora do caso de Alcochete
A procuradora Cândida Vilar pode enfrentar um processo disciplinar pela forma como tem conduzido os inquéritos aos arguidos no caso de Alcochete.
A procuradora do Ministério Público responsável pelo caso de Alcochete, poderá ter um processo disciplinar instaurado contra si devido à forma como tem conduzido as inquirições e o tom que usa durante os mesmos.
A Cândida Vilar, procuradora do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa (DIAP), deduziu acusação na semana passada contra 44 arguidos por terem participado na invasão à Academia do Sporting em Alcochete e nas consequentes agressões aos jogadores e equipa técnica do clube de Alvalade.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou que irá abrir um inquérito à procuradora e que, na base da abertura deste inquérito está o tom utilizado pela magistrada em interrogatórios.
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Postura da procuradora sob escrutínio
Em resposta enviada à Lusa, a PGR esclareceu: «Foi determinada a abertura de um inquérito para averiguação de eventual responsabilidade disciplinar da magistrada. Este inquérito encontra-se previsto no art.º 211 do Estatuto do Ministério Público e tem por finalidade a averiguação de factos determinados. Na sequência do resultado deste inquérito, será decidida a instauração ou não de processo disciplinar».
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Divulgação dos áudios também será analisada
A divulgação pública dos áudios dos interrogatórios aos arguidos também irá ser investigada pela PGR, tendo a entidade pública determinado «a instauração de um inquérito criminal».
Trinta e oito arguidos do processo da invasão à Academia de Alcochete, a 15 de maio, continuam presos preventivamente após a renovação das medidas de coação aplicadas pelo juiz de instrução criminal Carlos Delca
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