Ruben Amorim acredita ser “a pessoa certa para este momento” do Manchester United

O novo treinador do Manchester United, o português Ruben Amorim, afirmou hoje acreditar ser “a pessoa certa” para fazer face ao momento que o clube inglês atravessa, no qual espera voltar a ganhar títulos.

Ruben Amorim acredita ser

Numa conferência de imprensa no centro de treinos de Carrington, nos arredores da cidade de Manchester, o técnico falou pela primeira vez aos jornalistas britânicos depois de assumir o cargo na semana passada.

“Sou um bocadinho sonhador e acredito em mim mesmo. Também acredito no clube, acho que temos as mesmas ideias, a mesma mentalidade, e isso pode ajudar. Acredito profundamente nos jogadores. Temos espaço para melhorar”, afirmou num inglês fluido e confiante o ex-treinador do Sporting.

Questionado sobre quando poderá apresentar resultados, reconheceu não saber quanto tempo irá demorar.

“Eu sei que, quando se está no Manchester United, é preciso ganhar jogos. Não vou dizer que preciso de muito tempo, mas claro que precisamos de tempo porque é a liga mais forte do mundo e temos de melhorar muito para tentar ganhá-la. Temos de ganhar jogos para ganhar tempo e depois ganhar títulos”, resumiu, na antevisão à partida com o Ipswich Town, no domingo, para a 12.ª jornada da Liga inglesa.

A estreia ao comando do United será diante dos ‘tractor boys’, às 16:30 locais (mesma hora em Lisboa), no Estádio Portman Road, no condado rural de Suffolk, costa leste de Inglaterra.

Os jornalistas britânicos perguntaram a Amorim se falou com José Mourinho, que teve um grande impacto como treinador do Chelsea, no qual ganhou vários títulos, e esteve também aos comandos do Manchester United (2016 a 2018).

“Não só para mim, mas para os treinadores portugueses, [José Mourinho] mostrou que podemos ser os melhores do mundo”, elogiou, revelando que o compatriota lhe enviou uma mensagem a dizer que o clube tem “pessoas adoráveis”.

Contudo, Amorim foi perentório a recusar comparações com Mourinho.

“Sou uma pessoa diferente”, afirmou, admitindo que lhe falta no currículo títulos como a Liga dos Campeões que Mourinho conquistou com o FC Porto antes de rumar a Londres: “Não sou campeão europeu, mas sou uma pessoa diferente num momento diferente. Hoje, o futebol é diferente e penso que sou a pessoa para este momento [do clube]”.

O treinador português disse que existe “espaço para crescer como equipa”, mas que será um desafio impor, “a meio da época, uma forma diferente de jogar” sem fazer uma revolução. Em termos de impacto, além de querer melhorar a capacidade física dos jogadores, pensa que pode “melhorar coisas pequenas”.

“A forma como jogamos, acho que perdemos a bola muitas vezes, acho que temos de manter a bola, temos de ser melhores a correr para defender e temos de ser muito bons nos detalhes. Nas coisas pequenas, penso que posso ajudar muito estes jogadores”, acrescentou.

Até ao final do ano, os ‘red devils’ terão 11 jogos, entre Premier League, Liga Europa e Taça da Liga inglesa, sendo que atualmente ocupam o 13.º lugar do campeonato, com 15 pontos, apenas menos quatro do que Chelsea e Arsenal, terceiro e quarto colocados, ambos em posição de acesso à Liga dos Campeões.

Entre os próximos duelos, destacam-se as visitas aos terrenos do Arsenal (04 de dezembro) e do Manchester City (15 de dezembro), ambos para a Premier League.

 

BM // MO

By Impala News / Lusa

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