Rui Patrício no julgamento de Alcochete: «Ainda hoje, não me sinto seguro em Portugal»
Rui Patrício foi ainda questionado sobre um prémio de meio milhão de euros que Bruno Carvalho quis oferecer aos jogadores para ganharem ao Benfica.
Rui Patrício, guarda-redes do Sporting à data da invasão à Academia de Alcochete, prestou depoimento esta segunda-feira, 6 de janeiro, no Tribunal de Monsanto, via skype. O futebolista, que atualmente joga pelo Wolverhampton Wanderers, recordou o dia do ataque e revelou que «ainda hoje, passado um ano e meio» não se sente «seguro» quando vem a Portugal.
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«Tive de tomar medidas. Eu e a minha família. Tinha de sair [de Portugal]»
«Ainda há adeptos maldosos contra nós. Apresentei queixa na polícia, porque tive muitas ameaças depois disto. Sei que havia mais polícia perto de casa. Passei a ter mais cuidado com as horas a que vinha, não entrava na garagem. Tive de tomar medidas. Eu e a minha família. Tinha de sair. Era impossível continuar em Portugal. Ainda hoje mexe comigo, mesmo estando em Inglaterra… Há momentos em que ainda vivo aquilo.»
Rui Patrício foi ainda questionado sobre um prémio de meio milhão de euros que Bruno Carvalho quis oferecer aos jogadores para ganharem ao Benfica. «Nós recusámos o prémio. Se aceitássemos, imagine-se o que é que ele ia dizer a seguir», defende.
Texto: Jéssica dos Santos
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