Selecionador de andebol vê percurso luso como “fantástico” e “grandioso”

O selecionador português de andebol, Paulo Jorge Pereira, classificou de “fantástico” e “grandioso” o percurso de Portugal até ao quarto lugar no Campeonato do Mundo de 2025.

Selecionador de andebol vê percurso luso como

“Foi fantástico, queria há já muitos anos tentar um resultado parecido com este. Parecido porque teria sido um bocadinho melhor se tivesse sido a medalha, mas foi por um golo que podíamos ter colocado essa possibilidade de chegar à medalha”, enalteceu o técnico nacional, à chegada ao Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

Portugal foi eliminado nas meias-finais pela agora tetracampeã do mundo Dinamarca (40-27), somando o segundo desaire, em nove jogos, na disputa pelo terceiro lugar, diante da França (35-34), atual campeã da Europa, superando seleções como Suécia, Espanha e Alemanha.

“Mas é preciso que entendam que ficar em quarto lugar no Mundial, deixando para trás aquelas seleções, é um prazer. Olhar para trás e ver aquelas seleções ficarem atrás de nós é algo grandioso, que agradeço muito aos nossos atletas, a forma como eles competem”, enalteceu o técnico nacional, à chegada ao Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.

O selecionador português não poupou elogios aos seus comandados pelo esforço despendido.

“Têm um coração enorme, pode sempre pedir-se mais um bocadinho e depois, entre todos ‘autoconvencemo-nos’ a produzir um resultado que, creio, alegrou toda a gente”, sublinhou.

Depois, Paulo Jorge Pereira destacou o desempenho do pivô Victor Iturriza, que, juntamente com Martim Costa, integraram o melhor ‘sete’ do Mundial.

“Foi um trabalho brutal, ainda por cima ele, defendendo sempre, conseguiu ter um prémio ofensivo, porque ganhou o melhor pivô, e ele disse-me ontem [no domingo]: ‘ainda estou a tentar perceber o que se está a passar aqui’. Portanto, foi espetacular, os Costas [Martim e Francisco] já nos habituaram a estes prémios individuais, têm um coração enorme, são competidores natos e é um gosto enorme, mas no fundo acaba sempre por ser um trabalho grupal, que depois pode às vezes destacar um ou outro atleta”, prosseguiu.

Perante uma centena de pessoas que recebeu a seleção nacional de forma ruidosa, o técnico não escondeu a sua satisfação.

“Esta é a primeira vez que chegamos a um aeroporto e temos uma receção destas, portanto é uma sensação de missão cumprida e é muito agradável ver crianças aqui, pedindo autógrafos, é um gosto enorme”, destacou, dirigindo palavras às muitas crianças que esperavam a passagem da equipa no aeroporto lisboeta.

Foi perante este entusiasmo, que deixou praticamente um convite a novos praticantes da modalidade.

“Posso dizer que vale a pena eles jogarem, porque o andebol é um desporto fantástico a todos os níveis e ver esta gente aqui para mim é uma alegria, sobretudo olhar para as expressões deles. O que é que lhes podia dizer é que espero que o andebol em Portugal ocupe cada vez mais espaço na sociedade, não só a nível do desporto, mas também na sociedade em geral, para que possamos viver jogando andebol, que é espetacular”, completou.

O capitão da equipa portuguesa, Rui Silva, destacou a mescla de gerações que permitiu a Portugal apresentar uma equipa capaz de ombrear com os melhores e a trazer esperança para o futuro.

“Temos de ter sempre esperança e é verdade que este misto de gerações ajuda — a experiência com a qualidade que os ‘miúdos’ trazem à nossa seleção, esta irreverência que eles têm. Mas, lá está, como digo, hoje somos os quartos melhores do mundo mas, se deixarmos de trabalhar, deixarmos de preparar-nos para o que aí vem, se calhar daqui a dois anos, no próximo Mundial, as coisas não serão assim tão fáceis”, alertou, consciente de que o trabalho terá de continuar. 

RBYR // JP

By Impala News / Lusa

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