Sem Filtro | A cuspidela para cima de Carlos Pinho e a relação escondida com Joana Ornelas

No livro que lança hoje, Sem Filtro – Os Bastidores da Minha Presidência, Bruno de Carvalho relata a sua versão da polémica sobre a cuspidela a Carlos Pinho.

No livro que lança hoje, Sem Filtro – Os Bastidores da Minha Presidência, Bruno de Carvalho relata a sua versão da polémica sobre a cuspidela a Carlos Pinho.

«Tudo aquilo foi caricato», começa por relatar.

«Carlos Pinho é muito amigo do Inácio. Devido a essa relação, o Arouca foi um dos clubes que mais ajudámos nas minhas primeiras duas épocas como presidente do Sporting. Colocámos lá vários jogadores por empréstimo. E não era um processo fácil porque alguns desses atletas não queriam ir para Arouca, no distrito de Aveiro, por causa da distância. O Iuri Medeiros foi um dos que esteve lá durante uma época. Depois, quando acabou o contrato de empréstimo, regressou ao Sporting, mas o presidente do Arouca de- sejava voltar a ficar com ele mais uma temporada caso Jorge Jesus não o quisesse no nosso plantel. Só que antes de Carlos Pinho manifestar esta vontade, apareceu outro clube interessado e ao qual dei a minha palavra. E expliquei isso mesmo ao presidente do Arouca. «Carlos, gosto muito de si, nunca lhe falhei com a minha palavra, mas também não vou fazê-lo com os outros clubes. Já temos acordo para emprestar o Iuri ao Moreirense. Se fosse ao contrário, acredito que você também não gostaria que eu lhe falhasse com  algo que já tínhamos acertado.» Ele, porém, não aceitou o meu argumento: «Mas não pode ser. Queremos muito o Iuri.» «Carlos, por favor, esqueça isso. O jogador ou vai para o Moreirense ou, se não quiser, fica no Sporting.» Não contente, ele chamou o Iuri a Arouca, mostrou-lhe casas e ofereceu-lhe uma dessas habitações. O Iuri já sabia o que estava acordado com o Moreirense e por isso também não esteve bem. Claro que se trata de um jovem e pode ter sido persuadido pelo presidente do Arouca, mas devia-nos ter dito o que se estava a passar. Quando tomei conhecimento do sucedido, voltei a falar com Carlos Pinho. «Não vale a pena insistir. Já lhe expliquei que temos tudo certo com o Moreirense.» «Mas ele até já escolheu casa», insistiu Carlos Pinho.
«Peço-lhe, uma vez mais, para esquecer esse assunto. Só tenho uma palavra e não vou falhar com o que já combinei com o outro clube.»
Carlos Pinho não desistiu. Tentou através de mim, do Inácio e do nosso presidente da Mesa da Assembleia Geral, Jaime Marta Soares, com o qual também tinha boa relação. Todos lhe deram a mesma resposta: «O presidente deu a sua palavra ao Moreirense.» O que aconteceu a seguir? O jogador rumou a Moreira de Cónegos e Carlos Pinho passou ao ataque. A cada estádio onde eu ia, vinham ter comigo: «O presidente do Arouca anda por aí a dizer que você é um aldrabão e que o enganou em relação ao Iuri Medeiros.» Ou seja: Carlos Pinho andava a contar mentiras nos bastidores do futebol português. E foi precisamente o que ele fez no túnel de Alvalade após o jogo. Quando eu me dirigia para a casa de banho, ele passa por mim e ofende-me: «És um
aldrabão, és um vigarista.» Numa primeira fase, nem liguei porque tinha outra situação que me preocupava muito mais»

Enquanto tudo isto acontecia, Joana Ornelas, agora ex mulher de Bruno de Carvalho, sentia-se mal. O então presidente e Joana Ornelas mantinham uma relação às escondidas.

«A Joana, agora minha ex-mulher, tinha-se sentido mal e estava a ser assistida pelos bombeiros na tribuna. Eu não podia ir lá acima porque a nossa relação ainda não era pública. Só queria despachar-me e sair de Alvalade para me encontrar com ela no hospital ou noutro sítio. Carlos Pinho e a sua má educação, naquele momento, nem sequer me passavam pela cabeça. Mas foi então que ele decidiu fazer uma cena incrível, ficando cada vez mais agressivo. Dirigiu-se a mim dando a ideia de que me iria agredir. Eu estava a fumar o meu cigarro eletrónico e, ao falar na direção dele, saiu-me fumo
da boca. Vapor de água, para ser mais preciso. Mas logo vieram dizer que eu tinha cuspido para cima do presidente do Arouca. Enviámos as imagens do incidente para o Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e logo as mesmas foram parar a alguns órgãos de
comunicação social. Naturalmente que não foram «vazadas» pelo Sporting. Quem forneceu e trabalhou essas imagens tinha apenas um intuito: tentar convencer a opinião pública de que eu tinha cuspido», pode ler-se.

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