Cristiano Ronaldo tem vindo a ganhar, ao longo da carreira, muitos títulos. Mas a história que se segue está relacionada com o momento em que o jogador português perdeu um dos primeiros troféus disputados. Estávamos em 2003 quando, então um jovem jogador, Cristiano Ronaldo disputou a primeira final da Taça da Liga inglesa (viria a ganhar duas). Os red devils não conseguiram derrotar o West Brom e o português foi substituído aos 77 minutos de jogo.

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Para o lugar de Cristiano Ronaldo entrou Daniel Nardiello. O antigo ponta de lança galês, já retirado dos relvados e hoje com 40 anos, nunca jogou na Premier League, mas foi aquele que substituiu o português num jogo marcante. O ex-jogador é agora consultor financeiro e em conversa com o Daily Star recorda aqueles momentos. “Ele era um adolescente alto e magro, mais jovem do que eu e com um inglês péssimo”, começa por contar. “Era impressionante, mas olhando para o que fez, acho que ninguém podia prever isso”, acrescenta.

“Lembro-me de vê-lo sempre no ginásio, a trabalhar duro. Ele teve sempre essa ética de trabalho e é por isso que fez o que fez. Tem uma habilidade inacreditável, mas foi além”, refere. “Fergie [Alex Ferguson] estava sempre a dizer que podias ser um jogador inacreditável, mas se não tiveres ética de trabalho, não chegarás a lugar nenhum. Ronaldo assumiu isso e trabalhou e trabalhou. Ele ainda é uma máquina absoluta. Mas é assim que todos os atletas de elite devem ser”, salienta.

“Existem muitos vigaristas por aí”

Agora, a vida de Nardiello é outra. O ex-jogador está empenhado a ajudar que jogadores de futebol protejam o dinheiro ganho ao longo da carreira. Até porque foi vítima de um golpe durante a carreira. “Trabalho com qualquer pessoa do mundo. Tenho alguns jogadores de futebol como clientes, o que é ótimo porque posso ajudá-los a prepararem-se para a vida depois do futebol. Fazer com que eles economizem e invistam da melhor maneira possível. Tenho mais de 50 jogadores profissionais. Mas trabalho com proprietários de empresas, advogados, solicitadores, todos os tipos de empregos”, conta.

“Existem muitas tentações por aí. Existem muitos vigaristas por aí, havia quando eu estava a jogar. Querem tirar vantagem dos jogadores de futebol. Tiraram vantagem de mim quando era mais jovem. Resumindo, recebi 90% do meu dinheiro de volta, mas nem sempre é um final feliz”, termina.

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Texto: Bruno Seruca

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