Frederico Varandas recebeu uma carta anónima com acusações graves a Ana Cardoso e João Martins, treinadores de ginástica acrobática do Sporting. José Carlos Reis, diretor técnico e operacional das modalidades, também é um dos visados da missiva que é dada a conhecer pelo jornal Record. Os treinadores são acusados, entre outras coisas, de assédio, bullying e incitamento à toma de medicamentos e estimulantes a jovens de 13 anos. Ao segundo apontam o dedo por ser “conivente” com o que acontece.

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O teor da carta levou Miguel Braga, diretor de comunicação do clube leonino, a reagir ao jornal. É confirmada a receção da carta, que acabou por não ser valorizada pelo emblema liderado por Frederico Varandas. Ainda assim, é realçado que foram tomadas medidas. “Fizemos um inquérito interno, ouvindo pais e atletas sobre a ginástica, os treinadores. E o nível de satisfação é oposto ao teor da referida carta”, explica Miguel Braga. Perante a resposta, o jornal quis saber se do inquérito fizeram parte perguntas sobre Ana Cardoso. “Não. Ela faz parte do corpo de treinadores e foi perguntado aos pais e atletas sobre eles”, acrescenta.

“A FGP está alerta para o assunto desde o primeiro momento”

Além dos nomes já referidos, o Record dá conta de que também é mencionado o nome de Bernardo Tomás, responsável pela acrobática da Federação Ginástica Portugal. “A FGP está alerta para o assunto desde o primeiro momento e está a fazer os possíveis para que a situação seja analisada e resolvida porque é do nosso maior interesse, tal como é do clube”, refere fonte do organismo ao desportivo. O Record tentou ainda obter, mas sem sucesso, uma reação da treinadora visada.

“Sabemos das queixas, não sabemos se são verdadeiras ou não”

No documento é ainda relatado que diversos atletas já trocaram os leões por outros emblemas. Como é o caso do Gimnofrielas, que recebeu três desportistas. “Recebemos três atletas, um com quase 18 anos, outro com 17 e outro com 15. Fisicamente estão bem, mentalmente não sei, pois não se abrem sobre o que se passou. Sabemos das queixas, não sabemos se são verdadeiras ou não. Mas se tudo é verdade, os pais foram coniventes. Se tivesse um filho que se queixasse, faria tudo para apurar o que se passava”, conta ao jornal Lurdes Gouveia, presidente do Gimnofrielas.

Texto: Bruno Seruca; Fotos: Reprodução Sporting

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