Vice-presidente do Sp. Braga demite-se após acusações de assédio sexual
Joel Pereira, vice-presidente do Sporting de Braga, apresentou a demissão após ser acusado de assédio sexual por parte de uma antiga funcionária do clube minhoto.
Joel Pereira, vice-presidente do Sporting de Braga, apresentou a demissão após ser acusado de assédio sexual por uma antiga funcionária do clube minhoto. “Tendo em conta os acontecimentos recentes, e de forma a salvaguardar a imagem e reputação do SC Braga – assegurando igualmente o normal funcionamento do arranque de época das modalidades –, o Vice-Presidente do Clube, Joel Pereira, apesar de refutar todas as acusações de que foi alvo, decidiu renunciar ao cargo e abandonar todas as suas funções no SC Braga. O SC Braga agradece o trabalho que Joel Pereira desenvolveu ao longo dos últimos quatro anos e o seu contributo para o desenvolvimento das várias modalidades do Clube e para os muitos títulos conquistados.”
No passado fim de semana, aquele que também era responsável pelas atividades amadoras do clube minhoto, foi acusado por uma antiga diretora de assédio sexual, furto e uso em proveito próprio de bens do clube. A denúncia foi feita por Daniela Lopes num longo texto publicado nas redes sociais – até há três meses funcionária administrativa – em que arrasa aquele que foi seu chefe direto ao longo de vários anos.
Roupeiro da equipa de futsal também envolvido
Em todos os atos, o vice-presidente terá tido o apoio de um roupeiro da equipa de futsal, que surge apontado no texto como um amigo muito próximo do dirigente. “Desde o uso das casas dos nossos jogadores enquanto estão ausentes para levar amigos (inclusive adeptos e sócios do SC Braga) e mulheres onde passam tardes e noites”, começa por dizer Daniela Lopes. “A quantidade de talões de gasóleo e refeições que ambos colocam para o clube pagar justificando despesas inexistentes daria para eu ir de férias 10 anos”, aponta a ex-diretora, relatando ainda outra situação.
“Ambos, a troca de favores, apoderam-se de camisolas das equipas de futsal e de futebol de praia colocando-as com as estampagens da equipa A e usufruem delas para vender, oferecer aos familiares e amigos e obviamente para trocas de favores. Imaginem que cada camisola custa cerca de 60 euros e aquelas em que pedem aos jogadores para assinar duplicam quase o valor”, conta.
No entanto, as alegadas práticas ilícitas de Joel Pereira e do roupeiro do futsal não se ficam por aqui, existindo ainda, segundo a ex-diretora, abordagens às jogadoras que configuram, na opinião da mesma, o crime de assédio. “Os mesmos dois têm abordagens a jogadores das modalidades que são tudo menos profissionais e que algumas delas me fizeram chegar prints de claros assédios e convites fora do contexto profissional”, revela.
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