Dormir de mais ou de menos pode indicar transtorno do sono

Todos os detalhes que levem a um distúrbio do sono de maneira séria devem ser um alerta. Afinal, dormir é fundamental para manutenção da qualidade de vida.

Dormir de mais ou de menos pode indicar transtorno do sono

Dormir é das atividades mais importantes da rotina do ser vivo. É durante o sono que o corpo se regenera e mantém algumas funções vitais em funcionamento. Porém, por diversos fatores – externos e internos –, o ciclo do sono pode ser alterado. Por isso, ao avaliar a presença ou não de um distúrbio do sono, é necessário considerar todos os sintomas descritos. O paciente reclama de dificuldade para adormecer ou de não conseguir manter-se a dormir? Como o paciente se sente de manhã? Como é o dia do paciente?

Existe quem se sinta totalmente revigorado após um curto período de sono. Nesse contexto, é mais importante considerar as sensações e possíveis problemas que incomodam o paciente do que tentar encaixar toda a gente num mesmo padrão de sono. Da mesma forma, existe quem adormece rapidamente, dorme o tempo adequado e, mesmo assim, sofrem de baixa qualidade de sono. Na verdade, a combinação destas pessoas que dormem pouco tempo com as outras que têm ‘pseudoinsónias’ constituem 30% das queixas de insónia.

Quanto ao ambiente em que se dorme, também é necessário adaptá-lo às tolerâncias individuais de cada um. O clínico tem de considerar se a perturbação se correlaciona temporalmente com um estímulo que não é apenas perturbador, mas que pode ser medido fisicamente. Em segundo lugar, os aspetos perturbadores do estímulo devem surgir das suas propriedades físicas e não do seu significado emocional para o paciente. Também deve haver regresso ao sono satisfatório, uma vez removido esse estímulo perturbador.

Um outro ponto a ser considerado é a associação de distúrbios do sono a doenças psiquiátricas, como depressão bipolar. O sono é frequentemente perturbado por outras condições. A depressão bipolar é mais associada ao sono excessivo, mas não revigorante. Pacientes com fases maníacas parecem geralmente precisar de pouco sono. O paciente habitualmente ansioso pode ter dificuldade em dormir, sono agitado ou ambos.

De qualquer forma, qualquer incómodo no momento de adormecer deve ser investigado. Pois, por mais que as respostas não estejam em doenças psiquiátricas, pode considerar-se a sensibilidade dos pacientes a certos hábitos como dormitar à tarde, consumir cafeína, álcool ou até mesmo chocolate. Temos de avaliar todos os detalhes que possivelmente levam a um distúrbio do sono de maneira séria. Afinal, esta é uma atividade fundamental para manutenção da qualidade de vida.

Fabiano Lima

Fabiano de Abreu Rodrigues, filósofo e cientista

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