Quando se fala em inteligência, muita gente pensa que as pessoas mais inteligentes são as que têm um conhecimento maior sobre determinado assunto. No entanto, do ponto de vista científico, o conceito vai muito além desse fator. É preciso compreender que o indivíduo nesta situação é alguém que nutre diversas capacidades, como, por exemplo, lógica, abstração, memorização, compreensão, autoconhecimento, comunicação, facilidade na aprendizagem, controlo emocional, planeamento e resolução de problemas.

Ao ter domínio sobre estes assuntos, as pessoas mais inteligentes assumem posições diferenciadas na sociedade, que podem ser vistas como uma espécie de ameaça por parte daqueles que não compreendem o seu potencial. Nesse sentido, o meu estudo sobre Pessoas Muito Inteligentes São uma Ameaça foi aprovado pelo comité e publicado na revista científica South Florida, nos Estados Unidos.

Mas o que é inteligência? O termo surgiu do latim, intelligentĭa. A origem etimológica é referente a quem sabe escolher, permitir; o que possibilita ao indivíduo escolher as melhores opções no momento de solucionar alguma questão. O seu conceito foi estudado pela primeira vez pelo psicólogo inglês Charles Spearmen, no início do século XX. Além disso, a psicologia acredita em dois tipos de inteligência: cristalizada e fluída. A primeira está associada ao conhecimento e experiência anteriores e reflete a cognição verbal. A segunda requer raciocínio adaptativo em quaisquer situações.

Agora, do ponto de vista prático, abordado no meu estudo, é preciso entender que a maioria dos indivíduos inteligentes são persuasivos. Isso significa que possuem o poder de convencer outras pessoas de que os seus pontos de vista estão corretos. Ser persuasivo é diferente de ser manipulador, pois o primeiro apresenta fatos verídicos.

É importante lembrar que o indivíduo persuasivo possui facilidade devido à sua inteligência. Consegue comunicar de forma mais adequada e como possui conhecimentos variados. É capaz de encontrar argumentos em diversas situações e as suas principais características são:

– O otimismo, por ter ciência do próprio conhecimento, trazendo conforto e segurança aos demais;
– A autoconfiança, porque atuam com mais confiança e possuem vantagem sobre os demais
– A autenticidade, não confiam em indivíduos forçados e, assim, conseguem criar uma conexão emocional (São conscientes, por isso é mais fácil que o indivíduo confie em sie seja mais fácil convencê-lo.);
– Apreciam o silêncio, pois, de acordo com especialistas comportamentais, indivíduos que falam muito geralmente perdem.

Por terem conhecimento nas mais diversas áreas, conseguirão consequentemente argumentar melhor com outro indivíduo. Enquanto o outro perde uma disputa, ocorre um momento de decepção consigo mesmo, que, na maioria das vezes, é levado a um processo de raiva e é descontado noutra pessoa. Isso confirma que o perdedor pode acabar a sentir que seu oponente é uma ameaça, levando-o a achar que o indivíduo é arrogante e prepotente.

Fabiano de Abreu Rodrigues, filósofo e cientista

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