FIRES é uma síndrome rara associada à epilepsia crónica que se desenvolve subitamente após uma doença febril aguda. Uma criança desenvolverá ataques frequentes e progressivamente debilitantes dentro de poucas semanas após uma doença febril, tais como os de uma doença respiratória superior menor ou de um mal-estar gastrointestinal.

Contudo, a causa precisa é desconhecida. Casos recentes sugerem que certas crianças podem estar geneticamente predispostas a desenvolver esta inflamação sendo mais comuns em crianças do sexo masculino em idade escolar. Esta atinge crianças anteriormente saudáveis com 3-15 anos de idade e tem uma patogénese desconhecida e poucos tratamentos.

Esta síndrome rara pode dar origem a uma epilepsia refratária que compromete o desenvolvimento do corpo e mente. Apesar desta síndrome ser muito rara, afecta apenas 1 em 1.000.000 crianças é grave e potencialmente mortal. O resultado varia com a duração da fase aguda e com até 30% dos casos terminam em morte e 66-100% dos sobreviventes ficam com deficiência intelectual.

Durante as crises e as convulsões, estas podem causar pausas na respiração (apneia) de uma pessoa. Se estas pausas durarem demasiado tempo, podem reduzir o oxigénio no sangue a um nível que põe a vida em risco. Além disso, durante um ataque convulsivo, as vias aéreas de uma pessoa podem por vezes ficar cobertas ou obstruídas, levando à asfixia.

Fabiano de Abreu Rodrigues, filósofo e cientista

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