A administração Biden anunciou na segunda-feira um plano para aumentar o estoque de moradias populares do país. De acordo com a CNN, as novas políticas visam alavancar fundos federais para incentivar mudanças de arrendamento, aumentar a construção de casas multifamiliares e apoiar habitações fabricadas e reabilitação de habitações.

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Segundo dados relativos a nações industrializadas divulgados pela OCDE, os inquilinos com baixo rendimento nos EUA estão entre os que mais lutam com os custos de habitação. Quase metade gastam cerca 40% dos rendimentos em habitação. Isto coloca o país no topo da lista dos mercados imobiliários menos acessíveis da OCDE. Os portugueses gastam menos, cerca de 30%, fasquia considerada como o valor máximo que qualquer inquilino deve pagar já com impostos.

Os dados referem-se a inquilinos privados, pois espera-se que aqueles que pertençam ao mercado subsidiado – habitação social – não tenham os recursos sobrecarregados pelo arrendamento. Embora a OCDE não tenha um número comparável de quantos residentes dos EUA pagam renda subsidiada, dados do Departamento de Habitação e Desenvolvimento Urbano sugerem que cerca de 3% dos norte-americanos beneficiam de assistência habitacional.

A pesquisa da OCDE foi realizada antes da pandemia, após a qual a alta inflação fez com que o custo de vida, incluindo os arrendamentos, subisse ainda mais. Os dados também mostram a incapacidade de os americanos de baixo rendimento de comprarem habitação própria em vez de pagarem rendas habitacionais altas. Embora pareça contra-intuitivo, comprar em vez de arrendar é uma forma de as pessoas com menos posses escaparem aos exorbitantes valores praticados no mercado de arrendamento em vários países da OCDE.

Em muitos países onde o arrendamento é elevado, por norma sai mais barato recorrer a hipotecas – situação que se acentua ao longo dos anos, já que a hipoteca tens flutuações mais suaves, contrariamente aos dos arrendamentos, que podem variar de forma muito mais célere. Nos EUA, os titulares de hipotecas com baixo rendimento estão sobrecarregados com os pagamentos em 39% dos casos, superados apenas por Nova Zelândia (42,5%), Itália (42,1%) e Canadá (41,4%).

Statista

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