Vacina “milagrosa” contra cancro da mama passa primeiros testes em humanos
Uma vacina contra o cancro da mama revelou-se um estrondoso sucesso nos primeiros testes realizados em seres humanos.
Investigadores da Escola de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, têm vindo a desenvolver, ao longo das últimas duas décadas, uma vacina contra o cancro da mama. O imunizante passou agora a primeira fase de testes em humanos. O cancro da mama é o segundo tipo de cancro mais comum entre as mulheres, apenas superado pelo cancro da pele. Em Portugal, são detetados todos os anos perto de sete mil novos casos, sendo que perto de dois mil revelam-se fatais.
Durante a primeira fase dos ensaios, a vacina experimental provou ser segura e altamente eficaz na prevenção do crescimento de células tumorais cancerígenas do recetor de crescimento epidérmico humano 2 (HER2). Algumas mulheres têm tumores de mama com níveis mais altos da proteína HER2. Esses cancros são denominados cancro de mama HER2+ e tendem a crescer e disseminar-se mais rapidamente do que outros tipos de cancro da mama. No entanto, também são muito mais propensos a responder ao tratamento com medicamentos que têm como alvo a proteína HER2.
“Resultados mostram que a vacina é muito segura”
Entre 2001 e 2010, os investigadores fizeram testes com 66 mulheres que sofriam de cancro HER2 em estágio avançado. Foram criados três grupos e as pacientes do primeiro grupo receberam 10 microgramas da vacina. Por sua vez, a dosagem para as pacientes do segundo grupo foi de 100 mcg. Já para as pacientes do terceiro grupo foi de 500 mcg. As participantes foram monitorizadas durante mais de dez anos para acompanhar a eficácia da vacina. A verdade é que, por norma, metade das pacientes que sofrem de cancro da mama HER2+ não sobrevive mais de cinco anos após o diagnóstico.
Porém, os resultados do estudo publicado recentemente na revista científica JAMA Oncology mostraram que do total de participantes, 80% das pacientes que receberam a vacina permaneceram vivas durante a avaliação de mais uma década. As pacientes que receberam 100 mcg desenvolveram uma forte resposta imune citotóxica. “Os resultados mostram que a vacina é muito segura. Na realidade, os efeitos secundários mais comuns que vimos em cerca de metade das pacientes foram muito parecidos ao que se vê com as vacinas contra a covid-19: vermelhidão, inchaço, febre e calafrios”, explicou Mary Nora Disis, autora principal do artigo, em comunicado.
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