José de Abreu perde irmã e sobrinho em apenas três dias
O conhecido ator brasileiro emociona-se ao contar que vive «dias difíceis» com as mortes da irmã e do sobrinho
José de Abreu está de luto pelas mortes da irmã e sobrinho. O conhecido ator brasileiro usou a sua conta de Instagram, esta quarta-feira, 9 de setembro, para se despedir da irmã, Maria Elvira e do filho da mesma, Itamar, que morreram com apenas três dias de diferença.
«Dias difíceis. Anteontem morreu meu sobrinho Itamar. Hoje morreu minha irmã, sua mãe, Maria Elvira. Quatro anos mais velha que eu, sempre me ensinou muito: principalmente a cantar. Dor imensa!» desabafou o ator, de 74 anos.
José de Abreu tem feito várias partilhas emocionadas naquela rede social sobre a irmã e sobrinho. «Maria Elvira e Itamar. Mãe e filho partindo e deixando a dor da perda. Te devo muito, minha irmã. Principalmente por ter cuidado do meu filho e da minha mãe. E ter me ensinado a cantar as melhores canções brasileiras. Que a festa no céu seja boa!», pode ler-se numa das publicações.
«Não há mais ninguém mais velho que eu na família, sou o último dessa geração (…) Só fiquei eu. Dói muito. Ainda mais estando tão longe», escreve na legenda da última imagem partilhada. O ator vive atualmente na Nova Zelândia com a noiva.
Sobrinho em coma há 15 anos. Mãe nunca chegou a saber da morte do filho
O sobrinho do ator estava em coma há 15 anos, após ter sofrido uma paragem cardíaca, e a família estava à espera do momento certo para contar a Maria Elvira da morte do filho. Mas tal nunca chegou a acontecer, como conta a sobrinha neta de José de Abreu, Maria Bopp, uma conhecida influencer brasileira.
«Já contei algumas vezes da história do meu tio Má, que estava em coma há 15 anos. Ontem ele decidiu que era hora de ir embora. Má, eu só posso te agradecer!», começou por dizer.
«Aos quatorze anos, quando você dormiu, vivi um big bang de dores muito adultas, mas que fizeram eu ser quem eu sou hoje. Graças a você aprendi que tem coisas na vida que estão fora do nosso controle e que a impotência caminha junto com a humildade. Vivi meu primeiro luto (ainda que de mãos dadas com a fé). Reconheci também quando é hora da esperança se recolher pra dar espaço pro conforto da resignação. E aprendi, principalmente, que a ausência física não significa o fim», pode ler-se.
«Estávamos ensaiando como faríamos isso. Eles sempre foram muito conectados e nas últimas semanas isso ficou muito claro. O fio invisível que entrelaçava a vida dos dois passou a ser concreto e palpável. Hoje cedo o Má decidiu que minha vó não precisava passar por essa dor. Ele simplesmente entrou no quarto e levou ela junto com ele. Minha vó partiu de manhã, sem dor, rápida e tranquilamente, num dia luminoso como ela», terminou.
Texto: Inês Neves
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