A influencer Salma Elshimy está nas bocas do mundo após ser sentenciada a dois anos de prisão. Além da pena, a modelo egípcia, de 29 anos, foi condenada pelo Tribunal Económico de Alexandria a uma multa de três mil euros pelo tipo de conteúdo que pública, “fotos e vídeos pessoais com insinuações e movimentos imorais”. A modelo, que neste momento tem mais de 840 mil seguidores no Instagram e mais de 3,4 milhões no TikTok, admitiu que partilhou este tipo de conteúdo para ganhar mais seguidores, de acordo com a investigação do Ministério Público.

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“Vestígios de machismo retrógrado”

A verdade é que esta não é a primeira vez que algo do género acontece. Em 2020, Salma Elshimy e outras influencers egípcias também foram detidas. A jovem por posar vestida de faraó na zona arqueológica de Sakkara, a sudoeste do Cairo, sem autorização. Ficou presa por um mês e foi libertada após pagar fiança. Desta vez, Salma Elshimy foi detida no aeroporto, quando voltava de uma viagem ao Dubai, para onde se queria mudar, tendo mesmo apresentado um pedido de residência.

Em entrevista ao portal de notícias egípcio Mada, o advogado de Salma Elshimy, Hany Sameh, diz que as acusações surgiram de “vestígios de machismo ‘retrógrado’ que não é flexível contra as mulheres“. Estas detenções são cada vez mais comuns no Egito, algo que as organizações não-governamentais locais e internacionais consideram preocupante e um exemplo da falta de liberdade de expressão existente neste país.

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Texto: Rita Velha;
Fotos: Redes Sociais

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