Grávida, Andreia Rodrigues recorda o pesadelo do primeiro aborto
Andreia Rodrigues foi convidada da Casa Feliz, na SIC, e falou da segunda gravidez e dos dois abortos.
Andreia Rodrigues foi esta terça-feira, dia 29 de setembro, convidada da Casa Feliz, na SIC. Esta foi a primeira entrevista que a apresentadora deu, após ter dado a conhecer nas redes sociais que está à espera de bebé. Numa fotografia onde Alice, de dois anos, aparece com um boneco cor-de-rosa na mão, tanto Andreia como o marido, Daniel Oliveira fizeram uma publicação a dar a boa nova: «Estamos todos à tua espera, mana!»
«Estou feliz, muito feliz»
A João Baião e Diana Chaves, Andreia revelou como se sente neste momento: «Estou feliz, muito feliz, entusiasmada. Vem aí uma mana para a Alice. Mais uma menina», diz a apresentadora com um enorme sorriso. A verdade é que o facto de estar à espera de mais uma bebé, faz com que exista «uma poupança enorme. As coisas passam da Alice para a mana…», confidencia.
«As pessoas veem o meu caso como uma esperança»
Apesar de estar a viver um grande momento de felicidade, Andreia voltou a tocar num assunto que a marcou: as perdas gestacionais que teve antes de engravidar de Alice. «Ainda hoje recebo mensagens. As pessoas veem o meu caso como uma esperança. Faz parte. Temos de aceitar com alguma naturalidade, mas dói… dói muito», conta, acrescentando: «Temos de fazer o luto. Mais tarde, mas temos de fazer».
Na primeira perda, a obstetra da apresentadora quis que Andreia esperasse uma semana para que o corpo fizesse o seu “trabalho” e expulsasse naturalmente, mas a mulher do Diretor Geral de Entretenimento da SIC não reagiu bem. «Eu disse que não. Não queria esperar e disse: ‘Não suporto a ideia de ter um ser que já não tem vida dentro de mim…’ Foi uma semana…» E depois de ter ficado internada num sábado, no domingo teve alta e segunda já estava a trabalhar no Grande Tarde, da SIC, em co-apresentação com Baião.
«Passamos por dores e sabemos escondê-las»
«E nós sem saber de nada», exclama João quando ouve Andreia a recordar esta fase em que perdeu o primeiro filho e estava a trabalhar no Grande Tarde, ao lado dele. «Sim, Voltei logo ao trabalho porque existe uma missão e um compromisso para quem está do outro lado. Passamos por dores e sabemos escondê-las. A vida tem de continuar», afirma Andreia. Na segunda perda, «já tinha a capacidade de fazer o luto.» «Já estava perto dos três meses. Tinha ouvido o coração bater…», revela.
«Tive sentimento de culpa. Tive acompanhamento psicológico. Tenho esse acompanhamento há muitos anos por questões familiares. Na altura do primeiro aborto recorri para encontrar paz, para me focar no que era essencial e seguir em frente. A culpa faz parte», garante.
«Eu tinha perdido o bebé e disseram-me: “Estás com cara de grávida.”»
Quando há uma relação, um casamento, existe uma grande pressão para que os casais tenham filhos. E muitas vezes, não se sabe o que está por trás. «As pessoas dizem isso generosamente. Eu tinha perdido o bebé e disseram-me: “Estás com cara de grávida.” Não é por mal, mas às vezes temos de olhar para o outro e tentar perceber se não quer, se não pode. Será que a pergunta é evasiva e causa dor? Eu tive um final feliz, mas há pessoas que não conseguem e levam anos de tratamento…», realça.
Na altura dos abortos, Andreia garante que pensou muitas vezes como seria a sua vida se não pudesse ter filhos e tinha muitas questões na cabeça. «E se não for mãe? Como será a minha vida? O que me faz feliz? Foi nisso que me fui agarrando. É que tudo vive em função desse objetivo. Fica tudo em causa. A relação, os amigos, o trabalho… Quando as pessoas desbloqueiam , parece que as coisas acontecem», finaliza. Andreia revelou ainda que não escolheram o nome para a bebé que vem a caminho, mas que «há várias hipóteses.» «Vai ser uma dor de cabeça para o Daniel… três mulheres lá em casa. Até a cadela», ri-se. E termina: «O Daniel está muito entusiasmado».
Texto: Andreia Costinha de Miranda; Fotos: D.R. e Reprodução Instagram
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