Cristina Ferreira abandonou há 2 anos a SIC e julgamento já tem data
Passaram-se 2 anos desde a descoberta nos corredores da SIC de que Cristina Ferreira tinha reunido com a TVI para regressar a Queluz de Baixo. Caso vai a julgamento.
Em 17 de julho de 2020, chegaram à SIC os rumores de que Cristina Ferreira estaria a negociar o regresso à TVI. “As negociações com o Mário Ferreira [acionista do grupo Media Capital] duravam há semanas”, contou fonte próxima do canal da Impresa. Assim que terminou a apresentação de O Programa da Cristina, a apresentadora foi convocada para uma reunião de emergência e confrontada com os boatos. Admitiu que eram verdadeiros e acabou por fazer as malas e abandonar Paço de Arcos. “Não quis despedir-se dos espetadores”, disse a mesma fonte.
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Passaram-se dois anos e o caso arrasta-se desde então. Cristina Ferreira entregou a carta de rescisão pouco tempo após aquela reunião e a notícia foi uma bomba na Imprensa. Aquela que é considerada a mulher mais influente da televisão portuguesa iria sair da SIC, onde estava desde agosto de 2018, para regressar à casa que a viu nascer.
Assim que abandonou o canal de Pinto Balsemão, foi avisada de que este queria ser indemnizado. Em setembro de 2020, no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa, dava entrava um processo de pedido de indemnização à comunicadora e à sua empresa, Amor Ponto, Lda, no valor de mais de 20 milhões de euros (exatamente 20.287.084,54 euros). O canal de Paço de Arcos alega que a apresentadora e atual Diretora de Entretenimento e Ficção da TVI não cumpriu o vínculo que tinha com a estação, sustentando-se na quebra de receitas em IVR (concursos com chamadas de valor acrescentado), publicidade, patrocínios e ações comerciais.
Cristina Ferreira aceita pagar 2,3 milhões à SIC
A também acionista da TVI adiantou desde logo que irá defende os interesses próprios “até às últimas instâncias”. “Sobre esta matéria, gostaria apenas de esclarecer que a referida quantia [os 20 milhões euros pedidos pela SIC] não tem qualquer fundamento nem base contratual, pelo que refuto em absoluto a pretensão daquela entidade, estando disposta a assegurar e a defender os meus interesses até às últimas instâncias.”
Na entrevista que deu a Pedro Pinto – e que assinalou o regresso à TVI –, explicou que “há os contratos e há as cláusulas de rescisão”. “Cada um de nós, se não tivesse essa possibilidade de sair do local onde está, seja porque não gosta de ali estar, seja porque há novas [oportunidades], seríamos escravos”, argumentou. “Os 20 milhões é um número que não tem qualquer fundamento”, frisou.
Cristina Ferreira garantiu ainda que sente-se salvaguardada juridicamente. “Há lugar a uma indemnização, que estava estipulada no meu contrato, e que sei que vou pagar. Sobre essa não há alternativa. Estava lá, está escrito, eu pago”, afirmou, referindo-se aos 2,3 milhões de euros correspondentes aos 29 meses de trabalho que não chegou a cumprir. O julgamento estará marcado para o final deste ano.
Texto: Ana Filipe Silveira;
Imagens reproduzidas do Instagram de Cristina Ferreira
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