Dalila Carmo dá nega à TVI: «Há cedências que não volto a fazer»
Dalila Carmo perdeu o contrato de exclusividade com a TVI no ano passado e agora recusa-se a voltar a trabalhar com a estação. A atriz, de 47 anos, tem outras prioridades.
Dalila Carmo falou, pela primeira vez, sobre a relação com a TVI. A atriz foi sondada para regressar à ficção da estação de Queluz de Baixo, mas deu uma nega. A revelação é feita pela própria atriz, em entrevista, salientando, contudo, que “está tudo resolvido” entre ela e o canal: “As coisas acontecem e as relações mudam de formato”.
Sobre a proposta para voltar à TVI, menos de um ano depois de ter perdido o contrato de exclusividade com o canal, Dalila Carmo pouco adianta, mas explica o que a levou a recusá-la. “Já fui contactada pela Plural para fazer um projeto, mas que não pude fazer. Neste momento, as propostas têm de me seduzir e vou aproveitar o facto de estar solteira para as coisas serem negociadas sem pressas, sem obrigatoriedades contratuais e baseadas apenas naquilo que são as minhas prioridades”, defende. “Neste momento, há cedências que não volto a fazer”, chega mesmo a dizer.
Na mesma entrevista à MAGG, Dalila Carmo revela que a nega à TVI não foi a única que deu recentemente. “Tem acontecido não ter aceitado projetos nos últimos tempos por isso. Não tenho pressa. Estou concentrada nas minhas coisas e depois logo se vê. 2020 trouxe a perda prematura de muita gente. Todos os anos morrem pessoas e ficamos sem amigos e colegas, mas em 2020 foi uma coisa absolutamente absurda. Posto isto, não vale a pena a exaustão com que tenho vivido nos últimos anos, a dar tudo aos trabalhos”, acredita.
Aos 47 anos, Dalila Carmo diz colocar-se agora “em primeiro lugar”. “Quero trabalhar, mas quero ter saúde, tempo para os meus amigos e para os meus projetos pessoais. Por isso, não, não há qualquer sabor agridoce em falar disto [a minissérie ‘Pecado’, de cujo elenco faz parte], que foi feito no ano passado. Já me distanciei da mágoa. Agora, quem está à frente da minha estrada sou eu. Quero ter essa liberdade de dizer ‘sim’ ou ‘não’ aos projetos que me chegarem. Sinto-me com moral e ética para o fazer, porque sempre fui eticamente irrepreensível no meu trabalho”, afiança a atriz.
A ex-estrela da TVI deixa ainda uma garantia: “Não é uma questão de preço que está em cima da mesa” para regressar ou não à estação de Queluz de Baixo. E concretiza: “Não estamos a falar de dinheiro, mas de projetos. Não estou de costas viradas para a TVI, mas sim em contacto comigo própria. Mais do que nunca.”
«É uma tendência do mercado em Portugal», justificou a TVI
O término do vínculo contratual entre Dalila Carmo e o canal, ao fim de cinco anos, foi noticiado pela TV 7 Dias em janeiro deste ano. Em declarações à revista do grupo Impala, o então Diretor-Geral da TVI, Nuno Santos, não quis responder diretamente de quem partiu o fim deste casamento profissional. “A Dalila Carmo é uma atriz que tem trabalho connosco ao longo dos últimos anos. Admitimos contar com ela em próximos projetos. É uma pessoa que tem trabalhado connosco ao longo dos últimos 15, 20 anos”, disse.
Confrontado com o facto de ter fugido à questão, Nuno Santos – que deixou recentemente a Direção-Geral da TVI para liderar a CNN Portugal – complementou: “Disse o que entendi dizer. Hoje, há cada vez um menor número de atores com contratos de exclusividades com os canais. É uma tendência do mercado em Portugal.”
«A TVI não foi correta comigo e eu acho que não merecia»
Pouco mais de um mês depois, Dalila Carmo veio a público contar a sua verdade. Ao Sol, a atriz defendeu que conseguiu “fazer desta situação” – o fim do contrato de exclusividade com a TVI, leia-se – “uma oportunidade em vez de um problema”. Ainda assim, não escondeu a tristeza pela forma como tudo se desenrolou. “Não quer dizer que eu tenha ficado feliz pela situação, mas foi mais pela forma como ela aconteceu do que pela situação em si. Houve realmente um elo afetivo que se partiu, porque aquele canal não foi correto comigo e eu acho que não merecia”, atirou.
“Para todos os efeitos, estive 21 anos lá e nós gostamos de ser acarinhados, gostamos que reconheçam o nosso trabalho, gostamos de acreditar que precisam e que gostam de nós. Quando o elo afetivo se perde, isso sim é irrecuperável”, disse mesmo, sublinhando que não se refere à parte financeira: “O dinheiro, se não conseguimos de uma maneira, tentamos de outra. Se não ganhamos mais, ganhamos menos, se não posso viajar para o Japão vou para um sítio mais económico. Nós arranjamos alternativas.”
“Para mim, o mais grave dessa situação foi eu ter estado 21 anos ligada a um lugar – de onde saí durante quatro anos porque foi a altura em que vivi em Madrid e nessa altura foi uma coisa discutida e foi um afastamento saudável – e ter sentido que foi feio, tal como foi feio com outras pessoas antes de mim. Eu tenho ficado calada porque, para já, não vale a pena lavar roupa suja em público apesar de eu agora estar a dar alguns sinais de que a coisa não foi bonita e é um assunto que tem de morrer”, afirmou.
Texto: Dúlio Silva; Fotos: Arquivo Impala e reprodução redes sociais
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