Fernando Mendes revela por que não aceita propostas da TVI
Fernando Mendes revela que já recebeu três convites por parte da TVI para trabalhar no canal. O apresentador explica o motivo por que os recusou
Fernando Mendes confessa que já teve três convites para ir trabalhar para a TVI, um recentemente e outros mais ‘antigos’. O apresentador revela o motivo por que se mantém fiel à RTP há quase 40 anos.
“Tive três convites da TVI para fazer este horário. O último foi na altura da [Filipa] Garnel», começou por contar a uma revista semanal. O apresentador, que muitos conhecem pela alcunha de ‘Gordo’, contou o motivo pelo qual optou por se manter ao serviço da estação pública: “Achei que não era de bom-tom da minha parte deixar o público fiel de há tantos anos. Eles [TVI] perceberam perfeitamente. Se estamos bem aqui, se somos bem tratados, se ninguém nos chateia e também não chateamos ninguém…”
“É fácil trabalhar comigo, não me meto na vida de ninguém, ninguém se mete na minha. Quero é que sejam todos felizes e que todos tenham sucesso. A vida é tão curta e este mundo é tão pequeno”, disse, referindo-se ainda aos colegas ‘rivais’ de outros canais de televisão, dando a entender que a guerra das audiências não o preocupa.
“Tenho algum cuidado com o dinheiro”
Na mesma entrevista, Fernando Mendes recorda as dificuldades que a família passou, fala da sua relação com o dinheiro e conta que já teve algumas desilusões com pessoas que considerava amigas.
“Tenho um bocado de cuidado, porque nesta vida a gente não sabe o dia de amanhã. Tenho dois filhos, vivo para eles. Amanhã se me der uma travadinha… Porque a gente vai para velhos, não vai para novos… Portanto, tenho algum cuidado com o dinheiro. Não gosto de esbanjar, não gosto de mostrar que tenho isto, ou que tenho aquilo. Evito essas coisas”, dz.
O apresentador conta que, quando perder a vida, não quer deixar os filhos em dificuldades, como aconteceu com a sua família na época em que o pai, o conhecido ator Vítor Mendes, morreu. Estavamos em 1980 e, na época, vários artistas, como José Cid, Octávio de Matos, Tonicha e António Calvário juntaram-se para fazer um espetáculo de solidariedade com o objetivo de ajudar a família. “Essa festa… Nunca me posso esquecer, ajudou-nos muito. Há quem [quando morre] deixe casas e essas coisas. O meu pai deixou água, luz e telefone para pagar e nós não tínhamos como. Esse espetáculo foi importantíssimo para sobrevivermos. Os primeiros tempos foram difíceis”, revela.
“Ajudo muita gente, não interessa quem, nem porquê. Como os primeiros tempos foram difíceis para mim, tenho um certo cuidado e preocupo-me. Se amanhã for desta para melhor, [quero] deixar os filhos mais ou menos encaminhados”, afirma, explicando a razão por que gosta de ajudar: “Porque gosto delas. Às vezes tenho desilusões, ajudo pessoas e penso que estou a fazer bem, e estou a fazer mal, mas faz parte da vida… Se houver algum colega meu que esteja aflito e eu puder…”
Texto: Patrícia Correia Branco; Fotos: D.R.
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