Jardim Zoológico de Lisboa | Uma arca de Noé no coração da capital

Cada visita que faz ao Jardim Zoológico de Lisboa está a contribuir automaticamente para o Fundo de Consevação do espaço e a evitar a extinção de algumas das espécies no seu habitat natural.

Jardim Zoológico de Lisboa | Uma arca de Noé no coração da capital

São milhares as famílias que, ano após ano, visitam o Jardim Zoológico, em Lisboa. Os momentos lá vividos ficam gravados na memória de cada um dos visitantes como um dia especial e, para grande parte deles, a repetir. Esta “Arca de Noé” é a casa de mais de dois mil animais, de mais de 300 espécies diferentes, que chegam à capital portuguesa oriundos dos quatro cantos do Planeta. Isto é, de todos os cinco continentes. Ali, vivem sob os cuidados humanos para que, em muitos dos casos, se evite a extinção de espécies que corram reais perigos no seu habitat natural.

José Dias Ferreira, curador da “coleção” de mamíferos do Jardim Zoológico, explica que “os Zoos modernos não podem limitar-se a ter os animais. Hoje, têm a obrigação de estar, cada vez mais, envolvidos em projetos de conservação in situ [no habitat natural] e ex-situ [fora do habitat]”. Fora do habitat, este trabalho consiste em programas internacionais de reprodução de animais sob cuidados humanos, em zoológicos como o de Lisboa, de forma “a manter populações viáveis caso, a qualquer momento, seja necessário reintroduzir animais no seu habitat natural”, explica José Dias Ferreira, referindo os “65 Programas de Reprodução, 31 Studbooks Europeus e 33 Studbooks Internacionais, o que totaliza 129 programas de conservação ex-situ referentes a 97 espécies ou subespécies”. “É de salientar que 37% das espécies da nossa coleção fazem parte de programas de conservação internacional”, afirma, reforçando a importância do trabalho realizado pelo Jardim Zoológico de Lisboa, que tem obtido um tal sucesso reprodutivo que já coordena cinco destes programas a nível internacional: Leopardo-da-pérsia, Niala, Leão-marinho-da-califórnia, Tartaruga-espinhosa e Periquito-dourado. Todas estas são espécies que não encontramos em Portugal, mas todas correm sério risco de extinção na Natureza, por motivos ligados à ação humana (como desflorestação e caça furtiva).

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Notícia www.novagente.pt

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