O que a fama tem de bom, tem também de mau. Os famosos têm todos os olhos postos neles e, de vez em quando, vêm à tona as polémicas em que estão envolvidos. São várias as figuras públicas que já protagonizaram cenas de violência – algumas até mereceram processos na Justiça – e a NOVA GENTE recorda-lhe os casos mais mediáticos.

João Manzarra e Francisco Macau

Foi no passado dia 15 de janeiro que o apresentador da SIC contou um episódio em que acabou por se descontrolar e agredir Francisco Macau. “Uma vez dei uma lambada, e peço já desculpa porque ele é uma pessoa muito simpática, ao Francisco Macau”, começou por dizer, no programas As 3 da Manhã, da Renascença. “É muito bom gajo, muito porreiro e não interessa agora desenvolver… mas dei-lhe uma pequena lambada. Foi uma pequena tensão já de há muito tempo. Ele não devolveu, aí é que está, foi muito triste para mim. Foi ridículo, fui expulso do lugar onde estava”, confidenciou.

João Baptista

Está habituado a fazer de “bad boy” nas novelas, mas a fama estende-se para a vida real. Isto porque o ator já foi várias vezes abordado pela polícia por desacatos em espaços públicos. Em 2018, foi até transportado para o Hospital de São José, em Lisboa, e sujeito a uma cirurgia maxilo-facial depois de uma cena de pancadaria à porta de um café em Vila Franca de Xira. Dois anos mais tarde, voltou a perder a cabeça num bar em Londres, tendo alegadamente agredido uma pessoa da organização.

No verão de 2021, terá sido violento para com um cidadão brasileiro, num hostel da Costa da Caparica. A rixa obrigou a intervenção da GNR. O ator já falou publicamente sobre estes episódios, revelando que, em muitos deles, agiu em “legítima defesa”. Já sobre outros, admitiu, no Alta Definição, que andava com más influências, “com pessoas que não interessam. Era como se fosse um escape, um ato de rebeldia. Podia ter corrido muito mal”. Mais recentemente, foi condenado a 20 meses de prisão com pena suspensa por violência doméstica e ao pagamento de 2 mil euros de indemnização à ex-namorada, Dina Kelly Martins. O processo fê-lo perder o papel na novela Festa é Festa, da TVI, tendo sido substituído por Isaac Alfaiate. “Era um papel excelente, mas, infelizmente, caí numa armadilha de uma senhora e fui condenado. Foi isso que me fez ir embora”, lamentou o ator, em declarações à TV Guia.

Leandro

A 11 de novembro de 2024, o cantor apresentou-se na PSP para responder por um alegado crime de agressão: foi acusado de ter dado dois socos na cara de um funcionário de um estabelecimento no centro comercial UBBO, na Amadora, e o caso ainda está na Justiça. Mas o historial de Leandro já é longo. Em 2022, foi acusado de agredir Cláudio Micael, o marido da sua ex-mulher Sury Cunha, mas foi absolvido. “Ela tentou fazer-me a vida negra, até que arranjou um namorado que era polícia, que disse ter-me visto a bater-lhe. Criaram-me uma armadilha. Foi comprovado mais tarde que era mentira”, defendeu-se, numa conversa com Júlia Pinheiro, nas tardes da SIC. Em outubro do ano passado, voltou a estar envolvido num episódio de violência com a ex-companheira Doina Stratulat e uma amiga desta, no UBBO. “Eu é que fui agredido. Se virem bem as imagens há só um afastamento da minha parte. A seguir ela dá-me um soco e volta a bater-me. Atirou-me pratos e um copo e se não me desviasse… Tudo porque as confrontei com a realidade”, disse, na altura, à TV 7 Dias. Quando participou no Big Brother Famosos, o artista também enfrentou uma queixa por maus-tratos animais por ter admitido, durante a emissão do programa, que deu socos à sua cadela.

Rúben Semedo

O futebolista já foi acusado de violência doméstica, de agressões num bar de alterne e, o mais grave, de ter alegadamente sequestrado, agredido e ameaçado de morte um homem em Espanha. Esta última valeu-lhe uma condenação a cinco anos de prisão, passou cinco meses na prisão e saiu com pena suspensa e uma ordem judicial que o proíbe de entrar em território espanhol até 2028. Uns tempos depois de sair em liberdade, deu uma entrevista ao jornal A Marca, em que mostrou o seu arrependimento, sem nunca confirmar ou negar os crimes de que foi acusado. “Chorei muitas vezes (na prisão). Só pensava nos meus filhos, no sofrimento da minha família. Faz-te pensar se realmente vale a pena abdicares de passar tempo com a tua família para passar tempo com pessoas que não querem o teu bem e seguir caminhos que não te vão levar a lado nenhum (…). Devia reconhecer que não podia estar sozinho com tanto poder financeiro, devia ter percebido os amigos que tinha por perto, que não eram meus amigos. Rodeei-me de pessoas que não queriam o melhor para mim, em ambientes que não eram para um profissional, como as discotecas. Foi o meu grande erro”, assumiu.

Gisela Serrano

Em 2002, tornou-se numa das mais polémicas concorrentes do Masterplan, reality show da SIC, apresentado por Herman José e Marisa Cruz. Num dos episódios, Gisela Serrano agrediu a concorrente Sandra Leão e tudo porque esta a acusou de “não gostar de sexo”. A atual comentadora da CMTV não gostou e deu um soco à colega. Mais tarde, em estúdio, as duas voltaram a pegar-se e puxaram os cabelos uma à outra.

Paulo Rocha e Gonzo (dos Excesso)

Foi em dezembro de 2007 que o ator e o artista se desentenderam durante uma festa na discoteca Karma, em Rio Maior. Paulo Rocha desferiu um golpe sobre o membro dos Excesso que o levou a colocar três placas de titânio no rosto. O confronto terá acontecido por ciúmes. Dânia Neto, que tinha sido namorada de Paulo Rocha, era à data namorada de Gonzo e, na altura, especulou-se que seria esse o motivo. No entanto, nenhuma das partes confirmou ou desmentiu. o ator foi obrigado a pagar mais de oito mil euros a Gonçalo Sousa: uma multa de 2800 euros pelo crime de ofensa à integridade física, 3 mil euros a título de danos não patrimoniais, e mais de dois mil euros de despesas hospitalares.

Vanessa Silva

Foi na casa do Big Brother Famosos, em 2022, que Vanessa Silva confidenciou aos colegas que “andou à porrada” num concerto dos Excesso. “”Estávamos na linha da frente, tipo zona VIP. A cegueira das miúdas era tanta, tanta… Vieram para cima da gente, a bater, porque nós estavamos perto deles. Andámos à porrada”, contou. “Foi mesmo uma loucura. Andei à porrada, nunca mais me esqueço”, acrescentou.

Carla Baía e Isméria de Jesus

Eram boas amigas, mas envolveram-se numa guerra que culminou com uma queixa judicial movida por Carla contra Isméria, por alegada agressão e difamação. As duas “pegaram-se” numa bomba de gasolina e o caso acabou por ter de ser resolvido em tribunal. A juíza que sentenciou o caso considerou Isméria de Jesus culpada e condenou-a a pagar a Carla Baía uma indemnização de 16 mil euros.

José Castelo Branco e Pedro Pico

O socialite agrediu o ex-concorrente do Big Brother Famosos depois de este o ter acusado de bater em Betty Grafstein. O momento, que aconteceu em Sintra, ao pé do palacete que pertence à joalheira, de 95 anos, foi filmado e amplamente divulgado nas redes sociais. A GNR deslocou-se ao local. Pedro Pico, que chegou a ser próximo do casal, diz que nunca testemunhou agressões físicas, mas afirmou que iria avançar com um processo contra José Castelo Branco por agressão, por difamação. Disse, inclusive, que perdeu o seu emprego por causa da polémica. “Este Abel Dias, com quem falo, há 40 anos que sabe que a Betty apanha porrada. Ou ele empurra-a, ou bate-lhe. Sempre em casa. Portanto, isto não se sabe”, afirmou Pedro Pico à SIC. Note-se que o marchand d’art está a ser acusado de violência doméstica por Betty Grafstein. O casal está separado e José Castelo Branco está impedido de ver a ainda mulher, que está a viver em Nova Iorque.

Batatinha e Companhia

O programa Batatoon chegou ao fim em 2002, alegadamente devido a um desentendimento entre os protagonistas do programa da TVI, Batatinha e Companhia, que teria chegado a envolver agressões. Em 2018, os dois palhaços foram convidados do 5 Para a Meia-Noite, da RTP1 e, no segmento Pressão no Ar, o assunto foi abordado. Filomena Cautela e Inês Lopes Gonçalves questionaram: “É ou não é verdade que vocês andaram à batatada num programa de televisão?” Batatinha respondeu, em tom de ironia: “Ah pois foi. À batatada e à ‘companhada'”. Companhia acrescentou: “O problema é que não aconteceu. O problema foi esse. Todos os dias, ele mandava-me contra a portinha. Depois havia sempre um segundo problema: quem é que ia arranjar a portinha? Ou era eu ou era ele, era sempre eu. Naquele dia não houve pontapé, não houve portinha para arranjar e eu desconcentrei-me e olha, pronto.”

Sá Pinto e Artur Jorge

Na manhã de 26 de março de 1997, Ricardo Sá Pinto chegou ao Estádio Nacional furioso por não ter sido convocado para o jogo da Seleção Nacional contra a Irlanda do Norte. Várias pessoas testemunharam o momento em que o futebolista deu dois socos e três pontapés ao selecionador, para além das ofensas e insultos. As imagens das agressões foram divulgadas pela imprensa nacional e jamais foram esquecidas. Em 2018, em entrevista ao Tribuna Expresso, Rui Águas, que fazia parte da equipa técnica de Artur Jorge, recordou o momento. “É um episódio triste. Houve uma agressão de um tresloucado a uma pessoa que pode ser pai dele, o que é uma coisa horrível. (…) Não é convocado. Lembro-me que teve uma atitude chata num estágio ou outro e o Artur Jorge entendeu que não o devia chamar. Naturalmente, tem o seu direito. E o tipo chega ao estádio e agride o homem. Nem sabia do que se estava passar, só quando o Artur Jorge chega ao balneário para se ver ao espelho, porque estava magoado, é que me apercebo”, revelou.

Texto: Mafalda Mourão; Fotos: Impala e D.R.

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