Jornalista da TVI denuncia tentativas de agressão e «ameaças de morte»
André Carvalho Ramos veio a público denunciar alegadas “ameaças de morte ” e “tentativas de agressão” na sequência da sua investigação aos donativos feitos às vítimas do incêndio que afetou Pedrógão Grande, em 2017.
André Carvalho Ramos saiu vitorioso após uma ‘guerra’ judicial com pessoas ligadas à autarquia de Pedrógão Grande. Segundo o jornalista da TVI, “18 funcionários” da Câmara Municipal da vila já citada, tentaram processá-lo “após a investigação aos donativos para as vítimas dos incêndios de 2017”, processo esse que foi arquivado segundo conta o próprio através das redes sociais.
Numa missiva publicada na sua página de Facebook, o rosto da informação da estação de Queluz de Baixo conta ainda que durante o processo de investigação foi alvo de “ameaças de morte e tentativas de agressão por parte de funcionários públicos”.
Processo arquivado
“A Procuradoria-Geral da República arquivou o processo invocando que foi prestada ‘informação de interesse público'”, informa também na mesma missiva.
André Carvalho Ramos revela ainda que “o despacho destaca que a forma como foram geridos, organizados e distribuídos os bens doados foi alvo de escrutínio pela própria sociedade, na medida em que os doadores – ainda que anónimos – tinham interesse em que os seus objetivos fossem efetivamente destinados e encaminhados para quem deles precisava”.
A reportagem revelou que mobílias e eletrodomésticos novos em folha estiveram escondidos durante mais de um ano em armazéns da autarquia, enquanto muitas das vítimas continuavam sem receber qualquer ajuda”, continua o desabafo.
André Carvalho Ramos alega que sofreu “ameaças de morte e tentativas de agressão por parte de funcionários públicos” que, segundo o jornalista, lhe puseram “um processo-crime por perseguição e introdução em lugar vedado ao público. Entre eles está Telmo Alves, filho de Valdemar Alves, que geriu os donativos como quis, ao contrário de todas as outras autárquicas afetadas pelo mesmo incêndio”, desvenda.
“Pois bem, perderam em toda a linha!”, assinala. E realça: “Fica o aviso para todos aqueles que acham que só se lida com a verdade ameaçando jornalistas: não, não é assim. Pelo menos em Democracia“. Veja o post na íntegra aqui.
Condenado em tribunal por agressões a ex-namorado
André Carvalho Ramos foi condenado a uma pena de multa de 400 dias, convertida em 2800 euros, pela prática de três crimes de ofensa à integridade física simples de Emanuel Monteiro, ex-namorado e também ele jornalista da TVI.
Tal como escreve a Nova Gente, o Ministério Público pedia a condenação de André Carvalho Ramos por violência doméstica, o que não ficou demonstrado em tribunal, mas a juíza entendeu proceder a uma alteração da qualificação do crime e deu como provada a prática de ofensa à integridade física simples em três dos mais de 50 factos presentes na acusação.
Texto: Andreia Costinha de Miranda e Dúlio Silva; Fotos: Reprodução Instagram
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