Luísa Castel-Branco em dificuldades financeiras após divórcio
No programa Conta-me, Luísa Castel-Branco recordou que nem sempre foi fácil sustentar os três filhos após divorciar-se e que chegou a ter quatro empregos em simultâneo.
Luísa Castel-Branco foi a protagonista do programa do programa de entrevistas da TVI, “Conta-me“, emitido este sábado, 27 de março. Entrevistada pelo amigo Manuel Luís Goucha, a escritora revelou que foi “trabalhar para televisão porque precisava de dinheiro” e também falou sobre o processo de divórcio pelo qual passou quando os filhos – António, Gonçalo e Inês – eram pequenos.
“Fui eu que pedi a separação mas não tinha dúvidas de que amava o meu marido”, começou por adiantar a Goucha. Questionada sobre o motivo que a levou a tomar aquela decisão ao fim de sete anos de matrimónio com António de Castel-Branco, a ex-comentadora de “Passadeira Vermelha“, da SIC Caras, refere que o amor também mata. “Também destrói. E não estou a falar de violência. Se essa pessoa te leva para baixo em vez de te puxar para cima, em vez de te acompanhar nos sonhos… chega a uma altura que não dá. É a falta de identificação”, justificou.
Luísa Castel-Branco: “A idade está sempre a uma passo da amargura”
Após a separação – só se divorciou 14 anos depois –, Luísa Castel-Branco ficou com os três filhos a seu cargo. “Foi difícil, mas costumo dizer que vivíamos num mundo à parte e visitávamos o mundo dos outros nas horas de expediente”, brinca a escritora, ao mesmo tempo que conta que a sua casa estava sempre cheia com os amigos dos filhos. Na altura, o embate financeiro foi grande e chegou a ter quatro trabalhos para fazer frente às despesas.
“Hábituámo-nos a cuidar uns dos outros. Somos um clã. Não é fácil entrar alguém de fora”. Sobre os filhos, Luísa enche o peito e fala com o coração. “O António é uma alma velha”, conta, dizendo que aos 14 anos deu-lhe a responsabilidade de gerir o orçamento da casa. “Pagava todas as despesas. Culpei-me imenso por fazer isso. É o pai dos irmãos”. Sobre o filho do meio, Gonçalo, a ex-apresentadora refere que é o mais parecido consigo: “até arrepia”. Já Inês, “é muito rica interiormente, precisa de harmonia e é uma rocha dos amigos, toda a gente se confidencia com ela. Gosta, como eu, de ter a casa cheia”.
Feliz ao lado de Francisco Colaço, com quem mantém uma relação há 25 anos, Luísa Castel-Branco elogia o companheiro que conhece desde os 18, altura em que o achava um “idiota”: “Quando tive o AVC e ele entrou no quarto, tive a certeza de que era pessoa que queria ver; é ele que lê os meus livros antes de entregar ao editor, que me faz acreditar em mim e não tenho a mínima dúvida de que o amo”.
Habituada a ‘expodir’ e a dizer tudo o que lhe vinha à cabeça, Luísa Castel-Branco diz que isso mudou com o tempo. Aos 66 anos, a escritora não tem dúvidas: “A idade dá-nos muito pouco. A idade está sempre a uma passo da amargura, porque a vida vai-te desiludindo e chegas a um ponto em que se não tens amarras de amor e de amizades verdadeiras, percebes que a maior parte das pessoas é uma desilusão”.
A escritora diz que nunca foi feliz. Mas tem momentos. É feliz quando está a escrever, a cozinha e, principalmente com os sete netos – algo que lhe foi ‘roubado’ com a pandemia – Luísa diz o que a assusta: “Que o Francisco parta antes de mim e de ser um peso para os meus filhos. Eles dizem-me: ‘mesmo que tivéssemos de tomar conta de si para o resto da vida, nunca pagaríamos aquilo que a mãe nos fez’. Fico engasgada”, conclui a Manuel Luís Goucha.
Texto: Carla S. Rodrigues
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