Há sete anos que Goucha passava a Consoada em Coimbra, porque Maria de Lourdes já não se sentia confortável longe de Portugal. Quatro meses depois de se ter despedido da mãe, que morreu com 101 anos, Manuel Luís prepara-se para rumar à Cidade-Luz com o marido, Rui Oliveira, e comemorar lá o seu 70.º aniversário.

É de sorriso aberto e brilho nos olhos que Manuel Luís Goucha fala da mãe, Maria de Lourdes, que morreu a 9 de agosto. “Quando se tem uma mãe que falece aos 101 anos, quando se tem 69 anos, só se pode dar graças, porque a morte é uma inevitabilidade, é a coisa mais certa que temos. Nós começamos a morrer no dia em que nascemos. Portanto, eu tenho de dar graças à vida – e dou graças à vida porque não acredito em mais coisa alguma –, dou graças à vida tê-la tido 69 anos. É um privilégio. Quantas pessoas perdem na infância uma mãe ou um pai? Eu tive-a 69 anos, não posso ser egoísta, não a posso ter para mim. Tenho-a sempre dentro de mim, com as memórias. Eu recordo-a muitas vezes, e mais, eu tenho muita coisa dela”, disse o apresentador da TVI à NOVA GENTE, no final da apresentação do novo livro de Luís Osório, Postal do Dia, que decorreu nos cinemas UCI, do El Corte Inglés, em Lisboa.

 

E quando diz que tem muita coisa da sua progenitora, Manuel Luís refere-se, sobretudo, ao feitio da mãe. “O Rui [marido] está sempre a dizer-me: ‘Olha a Maria de Lourdes’, porque, por vezes, as coisas menos agradáveis, que são mais duras, são dela. Herdei isso, podia ter herdado outras coisas, mas acho que herdei dela uma certa dureza. Mas quando se tem uma mãe, ao longo de 69 anos, a graça de a ter tido compensa a perda inevitável”, salientou. Este será o primeiro Natal sem a companhia da mãe. Há sete anos que Manuel Luís passava a Consoada com o marido, Rui Oliveira, em Coimbra, onde vivia Maria de Lourdes, e onde continua a viver o seu irmão, Carlos, e a respetiva família.

 

Leia a matéria na íntegra na NOVA GENTE desta semana, em banca!

Texto: Andreia Valente; Fotos: impala e D.R.

 

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