Nuno Santos A reação à chegada do canal Now: “Nem sequer teve metade da audiência…”
Nesta entrevista exclusiva à NOVA GENTE, fala do regresso, para já pontual, de Mário Crespo à antena televisiva, lamenta a forma como Judite Sousa saiu da estação e assegura que a entrada do Now no mercado não altera a sua visão, mas fá-lo trabalhar com outra atenção.
Quando a CNN Portugal nasceu, o panorama era um e o desafio era liderar e bater a SIC Notícias. Agora, há cerca de cinco meses, existe um novo player no mercado, o Now. De que forma é que a entrada no mercado de um novo canal de informação altera a sua visão do que quer para a CNN?
Bem, cada vez que o mercado sofre uma alteração, isso faz diferença, não é? Nós tínhamos, de facto, um mercado com uma determinada configuração até junho deste ano e o mercado agora tem outra configuração. O que é que isso significa para nós? Trabalhar com mais atenção, estarmos mais atentos ao detalhe e, se quisermos, trabalharmos melhor do que aquilo que trabalhámos, é isso que estamos a fazer. Agora, se isso do nosso lado significa mudar os parâmetros da nossa atividade, alterar o foco, mudar a linha editorial, a resposta é não e acho que isso também é muito importante para a nossa relação com o público. Uma das coisas mais importantes, no caso da CNN, é que nós fomos sempre muito leais aos nossos espectadores. Isto foi sempre muito claro: quando se liga a televisão, sabemos o que é a CNN. Isto é válido também para o nosso contacto em termos digitais. Tem a ver com a nossa matriz.
A entrada deste novo player não muda aquilo que quer, não muda o ADN da estação, e faz com que estejam mais atentos, claro. Mas estão atentos ao facto de o Now já ter pisado pontualmente tanto a CNN Portugal como a SIC Notícias?
O que posso dizer é que em todos estes dias, em nenhum momento, este canal atingiu a CNN, em nenhum momento ficou à frente da CNN, em nenhum momento teve sequer metade da audiência da CNN. Teve um terço da audiência da CNN. Portanto, nós não estamos desatentos e provavelmente há um caminho que quem chega ao mercado tem de fazer e estará a fazer, mas é preciso perceber onde estão uns e onde estão outros.
Quando se chega e se é um challenger, o desafio é bater o líder. Mas e quando se chega à liderança, qual é o desafio?
Quem está à frente tem sempre o desafio de tentar projetar o futuro, continuar a trabalhar bem e, ao mesmo tempo, não ficar descansado na liderança. Acho que, muitas vezes, é mais estimulante estar em segundo ou em terceiro, com o que isso significa de desafio, do que estar em primeiro. Portanto, o desafio que temos é manter a performance e até, na medida do possível, conseguir melhorá-la.
Leia o resto da entrevista na revista que já está em banca desde sexta-feira!
Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: Helena Morais
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