Papa Francisco Conheça os possíveis sucessores do sacerdote

O conclave aproxima-se e um novo Papa será eleito. A NOVA GENTE diz-lhe quem são os candidatos.

Papa Francisco deixou-nos esta segunda-feira de manhã, 21 de abril, devido a uma pneumonia bilateral.

O funeral está marcado para daqui a nove dias e os cardeais da Igreja Católica reunem-se no próximo mês, 21 de maio, para eleger um sucessor. 

De acordo com a plataforma online Cardinalii Collegii Recensio, fundada por jornalistas e especialistas do Vaticano, estes são os possíveis candidatos.

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Péter Erdő

O teólogo húngaro de 72 anos descreve-se como conservador e apologista da hierarquia da Igreja e da evangelização. Opõe-se à união homossexual e ao celibato opcional e acredita que a imigração deva ser equilibrada, de forma a não comprometer a estabilidade política. O cardeal rejeita a ideia do universalismo, mas reconhece que todos têm o direito a ser salvos.

Matteo Zuppi

Apelidado de “padre da rua”, o italiano de 69 anos é o oposto de Péter Erdő. O Presidente da Conferência Episcopal Italiana contesta o ódio. É defendor da comunidade LGBTQIA+ e do aborto e tem alianças com a política de esquerda. A sua abordagem é pacífica, tentando manter o diálogo entre progressistas e tradicionalistas. A adicionar, foi nomeado arcebispo pelo Papa Francisco.

Robert Sarah

O cardeal guineense conta já com 79 anos, mas aos 34 foi nomeado arcebispo de Conacri e tornou-se o bispo mais jovem do mundo. Em 2013, o prefeito-emérito fez parte da conclave que elegeu o atual Santo Padre. É contra o amor homossexual e o celibato sacerdotal. Além disso, na obra que co-escreveu com o Papa emérito Bento XVI, refuta a ideia de ordenar mulheres diáconos.

Luis Antonio Tagle

Conhecido como o “Francisco Asiático”, o filipino de 67 anos tem uma atitude positiva e divertida, que agrada o povo. Em tempos, foi apontado como o sucessor “preferido”. O pró-prefeito do Dicastério para a Evangelização é preocupado com a ecologia e, em 2019, participou no polémico ritual Pachamama nos Jardins do Vaticano. Acredita-te que apoie a união homossexual, devido às sua visão progressista.

Malcolm Ranjith

O arcebispo cingalês de 77 anos divide opiniões. Por um lado, preocupa-se com a questão da pobreza. Por outro, opõe-se ao socialismo e é apoiante do capitalismo ético. A adicionar, defende a pena de morte em casos específicos. O cardeal acredita na “reforma da reforma”, mas a ideia do “retorno à verdadeira liturgia da Igreja” agrada-o.

Pietro Parolin

O diocese italiano de 70 anos é visto como uma “figura confiável” e o seu percurso está a ser comparado com o do ex-diplomata, Papa São Paulo VI. É especialista em questões do Médio Oriente e preocupa-se com a situação geopolítica do continente asiático. A pouca experiência pastoral preocupa os críticos e as suas posições sobre a contraceção são consideradas dubiosas. Contudo, discorda do “novo paradigma” da Igreja.

Pierbattista Pizzaballa

O Patriarca Latino de Jerusalém de 59 anos aproxima-se do Papa Francisco no que toca aos direitos dos migrantes e o diálogo inter-religioso. O italiano respeita a tradição e as práticas da Igreja ortodoxa. Acredita que a fé é o ponto de partida para prevalecer a justiça social. Consegue ver o catolicismo como uma religião acessível, mas reconhece que “não pertence a todos”.

Fridolin Ambongo Besungu

Papa Francisco criou-o cardeal no consórcio de outubro de 2019. Um ano depois, foi nomeado para o Conselho dos Cardeais. O arcebispo congolês de 65 anos aponta o dedo ao Governo e bate com a mão na mesa quanto a questões políticas e sociais. É defensor da família, do celibato sacerdotal e da doutrina moral da Igreja. Conseguiu chegar a um acordo com o Vaticano para ser retirado do Fiducia Supplicans, um documento publicado em 2023 e aprovado pelo atual Santo Padre, com o intuito de esclarecer o significado pastoral das bênçãos.

Willem Eijk

O holandês de 71 anos considera-se ortodoxo e posiciona-se contra o divórcio e as relações homossexuais. Sendo especialista em teologia e medicina, o atual arcebispo de Utrecht tem conhecimentos na eutanásia e na fertilização in vitro. Além disso, não é apologista do aborto. 

Anders Arborelius

O sueco de 75 anos destaca-se por opor-se à ideia de pessoas não-católicas receberem a Eucaristia. Promove o diálogo inter-religioso e concorda com Papa Francisco em tópicos como a migração. O bispo é protetor do meio ambiente e valoriza os ensinamentos da Igreja. Ademais, apoia o celibato sacerdotal e é contra a ordenação de mulheres.

Charles Bo

Talvez o candidato mais versátil e atlético! O cardeal salesiano de 76 anos é dramaturgo, é apreciador de desporto e joga futebol e basquetebol com outros padres. Sempre que assuntos polémicos da Igreja vêm ao de cima, mantém um discurso pacífico e justo. O arquidiocese de Yangon é também apoiante do amor homossexual.

Jean-Marc Aveline

O cardeal francês de 66 anos age com cautela e não se sabe ao certo a sua opinião em temas controversos, como a homossexualidade, a ordenação de mulheres, o celibato sacerdotal, o acesso à comunhão para divorciados recasados, entre outros. No entanto, há uma ideologia que segue: a descentralização radical da Igreja.

Tolentino de Mendonça

O português de 59 anos não está no topo da lista, mas a sua eleição não deixa de ser possível. Segundo a SIC Notícias, o Papa Francisco tinha uma “estreia afinidade” com o madeirense. As suas opiniões são progressistas, o que gera alguma confusão. Além da paixão católica, interessa-se por poesia e literatura.

Dolores Aveiro recebe bênção

Texto: Luís Sigorro; Fotos: Redes Sociais e The College of Cardinals Report

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