Sara Norte Revela conteúdo da última carta que a mãe lhe enviou antes de morrer
Sara Norte diz que Carla Lupi “foi uma mãe que falhou muito” e acrescenta ter recebido esta carta, com 36 páginas, já depois da mãe morrer.
A vida de Sara Norte já deu muitas voltas e conta com episódios e reviravoltas emocionantes. No Passadeira Vermelha, programa da SIC, onde a atriz comenta a vida dos famosos, Sara acabou por falar da sua e fazer uma emotiva partilha, que a levou, inclusivamente, a emocionar-se.
A comentadora revelou o conteúdo da última carta que recebeu da sua mãe, a atriz Carla Lupi, enquanto estava presa. De notar, que esta carta apenas chegou às mãos de Sara, já a mãe havia morrido. Estávamos em 2012.
“Recebi já depois de a minha mãe ter morrido”. Disse Sara Norte, que revelou que durante o período que esteve presa em Espanha era normal receber correspondência do pai, Vitor Norte, da mãe e dos avós, tendo guardado todas as cartas que a família lhe escreveu.
“Eu recebi uma carta de 36 páginas da minha mãe, porque a minha mãe escrevia muito, sabia que eu estava num sítio em que eu me tinha de entreter. E as cartas é uma boa forma de tu passares o teu tempo, porque enquanto escreves tu não estás a pensar e estás a gastar tempo”, disse, continuando: “A minha mãe a meio da carta dizia ‘olha, não tenho um euro para comer, estou a passar fome, não tenho como viver, não sei como é que isto… espera aí que tocaram à campainha’. Depois voltou à carta e disse assim ‘tu não sabes o milagre que acabou de acontecer, o restaurante aqui debaixo acabou de me vir oferecer todas as refeições'”, confidenciou a atriz.
“Ela saber dizer ‘agora vou para o hospital’, ‘agora estão me a fazer’, ‘agora tenho um buraquinho no estômago’ e eu estar a receber isso depois de morta doeu-me muito. Mas hoje em dia eu olho para isso como uma mãe lutadora e são essas as memórias que quero”, garantiu Sara em direto.
“Foi uma mãe que falhou muito, mas porque era doente, não era ela que estava a falhar. E eu acho que estas cartas são importantes para ficar na memória e eu guardo-as até procurar as feridas que a minha mãe me fez e que eu sei que eu também lhe fiz. E é muito bonito!”, explicou ainda.
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Texto: Tiago Miguel Simões; Fotos: Impala
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