Tony Carreira A “vingança” que quase o destruiu
Pouco antes de esgotar o Meo Arena em dois dias consecutivos, o cantor abordou as acusações de que foi alvo em 2017, garantindo que tudo não passou de uma retaliação de um homem que o quis prejudicar. Falou ainda sobre o carinho do público e sobre a filha Sara.
No passado fim de semana, 8 e 9 de março, Tony Carreira encheu a sala do Meo Arena por dois dias consecutivos, com dois concertos memoráveis, que contaram com vários convidados especiais e, claro, com a presença dos filhos, Mickael e David.
O cantor, que é recordista de espetáculos nesta sala de Lisboa, subiu àquele palco pela 26.ª e 27.ª vez, no ano em que celebra o 37.º aniversário de carreira e em que arranca com uma nova digressão. Mas, apesar das mais de três décadas de canções, quer continuar a trabalhar e a entregar-se ao vasto público que o idolatra.
“O tempo vai passando, eu continuo por cá e muito feliz por continuar a ter um público com uma entrega destas, sempre presente. Se eu sentir que o público já não está, se eu ainda cá estiver, espero ter o bom senso de me retirar. Até lá, o público é que manda e compete-me a mim tentar dar sempre o melhor, até ao fim”, começou por dizer aos jornalistas, numa conferência de imprensa que antecedeu os espetáculos.
E prosseguiu, admitindo que sempre foi um homem dedicado à profissão, colocando-a muitas das vezes à frente de tudo: “Por vezes, até à frente da minha família. Foi uma escolha minha, não me arrependo e, por isso, espero continuar enquanto tiver cabeça e o público estiver presente. O público pode estar descansado porque, enquanto quiserem o Tony, ele vai continuar. Espero ter esse privilégio, não é fácil ter uma carreira tão longa. Sou muito grato.”
A polémica das acusações de plágio
Na mesma semana em que esgotou a maior sala do País por duas vezes consecutivas, Tony Carreira foi convidado do podcast Posto Emissor, da Blitz, onde, numa conversa sem tabus, aproveitou para falar sobre alguns temas polémicos, entre os quais a acusação de plágio de que foi alvo em 2017. Recorde-se que o Ministério Público o acusou de plagiar 11 canções de outros intérpretes.
O caso ficou resolvido porque o cantor chegou a acordo com as produtoras e o processo acabou por ser suspenso. Na altura, o cantor defendeu-se, afirmando que aquela seria “uma acusação sem fundamento”, mas o facto de ter chegado a um acordo levou a que houvesse uma assunção de culpa. Agora, o artista falou abertamente sobre o tema, explicando que tudo não passou de uma “vingança”.
“Em 2008, existiram, sim, umas canções que eu não posso negar que são plágio. E em 2008, fiz um acordo com a Universal/SPA em que aquilo ficou resolvido. Dez anos mais tarde, alguém lança no mercado um disco que era um tributo a Tony Carreira, mas tinha a palavra tributo pouco visível e Tony Carreira com letras enormes na capa”, contou, referindo que, por dar a entender que se tratava de um disco do próprio cantor, a editora mandou retirar todos os exemplares do mercado.
Revoltado, o homem que lançou este disco terá tentado manchar a imagem de Tony, conforme revela o cantor. “O senhor decidiu vingar-se. Atacou através do campo dos plágios, foi puxar esse assunto e, de repente, já se falava em 30 e 40 canções plagiadas, o que é completamente mentira. Foram cinco canções e já estava tudo resolvido em 2008. Ele só pegou naquilo por vingança porque, infelizmente, deixou de ganhar dinheiro com os tais discos”, disse.
Tony Carreira fala ainda sobre as “ferramentas” que arranjou para lidar com a morte da filha.
Leia esta matéria na íntegra na sua NOVA GENTE desta semana. Já nas bancas.
Texto: Mafalda Mourão com Luís Duarte de Sousa; Fotos: Tito Calado e D.R.
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