Tony Carreira Completa 60 anos: “Nunca liguei aos aniversários e muito menos agora”

Tony Carreira completa este sábado, 30 de dezembro, 60 anos. Mas não vai celebrar.

Tony Carreira está de parabéns. O artista completa este sábado, 30 de dezembro, 60 anos. No entanto, não vai celebrar. “Nunca liguei aos meus aniversários e muito menos agora”, começou por revelar à Sábado, referindo-se à morte da filha, Sara, em 2020. Depois, lembrou-se de um ano especial. “Houve um ano em que o David e o Mickael estavam na Tailândia, à meia-noite do dia 29 ligaram-me a dar os parabéns e fui lá ter com eles”.

No que toca aos palcos, este vai vai querer continuar com a mesma intensidade. “Os 60 são iguais aos 40 e aos 25. A música, os concertos e o carinho das pessoas ajudam-me imenso. Vou continuar a cantar com o mesmo entusiasmo e o mesmo ritmo. Isso alimenta-me muito”.

Idas ao cemitério

Durante a entrevista, Tony falou das suas idas ao cemitério para conversar com a filha. “Vou duas a três vezes por semana e sempre que me apetece. Converso com a minha filha durantes uns 10, 15 minutos, e são poucas as vezes em que saio a chorar. Faz-me bem ir lá”, disse, em entrevista à revista Sábado.

O artista conta que a tragédia o aproximou da Igreja. “Sou muito racional, mas quero desenvolver mais a parte espiritual. Gostava de ter tempo e de encontrar as pessoas certas para me entregar à meditação. Não sei se há mais alguma coisa para além disto, mas quero acreditar que sim. Conheci o [cardeal] D. Américo Aguiar no funeral da minha filha. Ele é uma pessoa muito especial, fez-me aproximar da Igreja e tem-me ajudado mesmo muito”.

O artista admite que antes da morte da filha não acreditava em nada. “Zero! Eu tinha essas conversas com a Sara. Ela acreditava nas energias e às vezes ainda falamos sobre isso…”.

Cadelas de Sara Carreira atenuam a dor

O músico sublinha que há um Tony antes e depois da morte de Sara. “Claramente. Não sei onde fui buscar forças para suportar uma dor tão violenta. Há a dor do choque e depois a dor constante. Cheguei a consultar um psicólogo e apenas numa sessão aprendi uma coisa essencial: a importância de ter ferramentas para superar a dor. As minhas ferramentas são as cadelas que eram da Sara, que é algo que está vivo, e a associação em homenagem a ela – e se nos está a ver, não tenho dúvida que tem muito orgulho na família. E, claro, tenho os meus filhos e os meus netos. É assim que consigo continuar”.

As frases mais marcantes do julgamento de Sara Carreira

Texto: Vânia Nunes; Fotos: Redes Sociais e Impala

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