Tony Carreira pretende ter um papel mais ativo na investigação do acidente que matou a filha, Sara Carreira, a 5 de dezembro de 2020. Por isso, o cantor requereu a abertura de instrução do processo e quer esclarecer todos os factos e apurar responsabilidades. De acordo com o Correio da Manhã, a equipa jurídica que acompanha Tony Carreira já juntou aos autos um requerimento de abertura de instrução e um dos pontos que o artista quer ver esclarecido é o envolvimento do condutor alcoolizado que deu início ao choque em cadeia na A1, perto de Santarém.

O mesmo jornal avança ainda que Tony Carreira reforçou a sua equipa de advogados com o penalista Manuel Magalhães e Silva, que se junta ao advogado André Matias de Almeida, que tem acompanhado o caso nos últimos meses. Este advogado é considerado um ‘peso pesado’ e esteve envolvido em alguns dos processos mais mediáticos dos últimos anos, como os incêndios de Pedrógão Grande. Atualmente, é defensor de Luís Filipe Vieira.

Tribunal rejeitou pedidos de Tony Carreira

Recentemente, Tony Carreira constituiu-se assistente no processo que investiga as causas do acidente que matou a filha mais nova. O cantor fez quatro pedidos ao Tribunal de Santarém, mas todos eles foram recusados. De acordo com uma publicação semanal, Tony Carreira e a ex-mulher, Fernanda Antunes, na qualidade de pais de Sara Carreira, pediram “a apreensão dos veículos envolvidos no acidente à ordem do processo, garantindo que os mesmos não sejam alterados e possam ser reanalisados no âmbito do processo”, bem como a “apreensão das imagens do canal de televisão CMTV [nas quais é possível ver o estado dos veículos após o acidente]” e ainda a “apreensão da fita do tempo, permitindo a visualização de todos os eventos ocorridos na central de controlo operacional da concessionária responsável pela autoestrada”, neste caso, a Brisa. O Ministério Público indeferiu todos estes requerimentos.

Além destes três pedidos, avança a TV Mais, Tony Carreira e Fernanda Antunes já tinham pedido em julho, “a aceleração processual e que o OPC [Orgão de Polícia Criminal] responsável possa ser instado a prestar esclarecimentos aos autos para a demora nas diligências de recolhimento de prova que tem a seu cargo e respetivo relatório”. O tribunal também recusou este pedido por não terem sido extrapolados os prazos legais.

A fundamentar este pedido, Tony Carreira alegou que a morosidade do caso lhe tem “provocado níveis de ansiedade, nervosismo, tristeza e amargura”. O advogado do cantor também descreve no requerimento que “se desconhece, a esta data, o impacto que esta situação teve/pode ter tido no enfarte do miocárdio que o pai da vítima sofreu”. Entretanto, foram também divulgados o relatório da autópsia de Sara Carreira, que pode ler aqui, e as declarações que Ivo Lucas deu à polícia, e que pode ler aqui.

Texto: Patrícia Correia Branco;
Fotos: Reprodução redes sociais

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