Príncipe Aga Khan – Morre aos 88 anos em Lisboa: “Foi um bom amigo de Portugal”
O príncipe Aga Khan morreu aos 88 anos e a proximidade a Portugal é agora recordada! Conheça o percurso do líder espiritual dos muçulmanos xiitas ismaelitas.
O príncipe Aga Khan morreu aos 88 anos e a proximidade a Portugal é agora recordada. O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, elogiou-o como “figura notável de uma fé aberta ao mundo” e “bom amigo de Portugal”.
O líder espiritual dos muçulmanos xiitas ismaelitas foi “um bom amigo de Portugal”, como recorda o nosso Presidente. Ainda no texto que escreveu onde lamenta a sua morte pode ler-se que a Rede Aga Khan (estabelecida pelo próprio) promoveu “um trabalho extraordinário e multifacetado, dando desde há décadas um contributo fundamental para o desenvolvimento humano a nível global, trazendo melhorias tangíveis às condições sociais de milhares e milhares de pessoas em diversos continentes”.
Shah Karim Al-Hussaini, príncipe Aga Khan, 49.º imam hereditário dos muçulmanos ismaelitas, nasceu na Suíça, cresceu e estudou no Quénia e nos Estados Unidos da América, com ligações ao Canadá, Irão e França, e nos últimos anos também a Portugal.
Desde 2015, o Imamat Ismaili, entidade supranacional liderada pelo príncipe Aga Khan, passou a ter a sua sede mundial em Lisboa.
Portugal: a casa de Aga Khan
Aga Khan recebeu dezenas de condecorações em dezenas de países. Em Portugal, em 1998 recebeu a Grã-Cruz da Ordem de Mérito, em 2005 a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo e em 2017 a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.
Em 2017, Aga Khan recebeu o título de doutor Honoris Causa pela Universidade Nova de Lisboa. Uma cerimónia presidida pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e apadrinhada por Francisco Pinto Balsemão.
Na altura referiu que sempre se “sentiu em casa” quando visitava Portugal. Em 2018, festejou em Lisboa o seu Jubileu de Diamante, 60 anos à frente da comunidade, que considerava ser a sua grande fonte de felicidade.
A cidadania portuguesa foi-lhe atribuída em 2019 pelas ações desenvolvidas em prol da República Portuguesa.
Texto: Maria Constança Castanheira; Fotos: ARQUIVO IMPALA
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